Após associar o apelido "Acelerado" das planilhas da Odebrecht ao deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), o Jornal Nacional, da TV Globo, retomou o assunto nesta segunda-feira (24) e, segundo o telejornal, documentos entregues pelo delator ex-executivo da empreiteira Benedito Júnior, e que basearam a primeira matéria, no sábado (22), ligam o codinome ao democrata. Mas outro delator, Rogério Santos de Araújo, afirmou a procuradores da Operação Lava Jato que o apelido é referente ao ex-gerente da área internacional da Petrobrás Aluísio Teles.

Um documento entregue ao Ministério Público Federal pelo ex-presidente do setor de Infraestrutura da Odebrecht Benedito Júnior indicava Siqueira como beneficiário de US$ 24,750 milhões em 2011 e 2012, sob a alcunha de "Acelerado", segundo mostrou o JN no sábado (22). O valor seria propina ao PT e PMDB em contrapartida ao fechamento de contrato com a Petrobrás.

Eduardo Siqueira disse ter ficado "indignado" e afirmou ter ocorrido "erro grave de apuração" após a primeira matéria do JN. Após o depoimento de Rogério Araújo, a assessoria de comunicação informou que os advogados do democrata irão interpelar Benedito Júnior sobre quem seria o beneficiário dos US$ 24,750 milhões.

"A pauta tratava da apresentação de extratos, por parte da Odebrecht, relativos a pagamentos a políticos do PT e PMDB. E segundo a reportagem do JN, com base em apuração do jornal de Folha de São Paulo. No entanto, a Folha de São Paulo em nenhum momento cita o nome do deputado Eduardo Siqueira Campos em sua matéria. A correlação do codinome "acelerado" ao deputado Eduardo Siqueira Campos foi feita pela reportagem do Jornal Nacional", afirma.