
Com o som forte e simbólico do “Sino da Felicidade”, o pequeno João Lucas dos Santos Bandeira Vargas, de apenas cinco anos, celebrou sua vitória e o fim de uma longa e desafiadora batalha contra o câncer. Após um ano de tratamento, o momento foi festejado na manhã da terça-feira, 26, no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Segundo a oncologista pediátrica Jennifer Campos, “o caso do João Lucas foi o neuroblastoma, comum em crianças com menos de cinco anos e os sintomas variam conforme a localização do tumor, como aumento do abdômen, febre e diarreia. No caso dele o tratamento consistiu em quimioterapia e cirurgia para retirada do tumor. Foi descartada a necessidade de transplante de medula e agora ele segue em observação pelos próximos cinco anos”.
“Esse período é essencial para monitorar possíveis recidivas, ou seja, o retorno do câncer, que pode ocorrer devido a células “adormecidas” que resistem ao tratamento inicial. Cada ano que passa após o tratamento reduz em cerca de 20% a chance da doença voltar. Ao fim de cinco anos, se não houver sinal de recidiva, consideramos a criança curada”, acrescentou a especialista
O momento foi festejado pela mãe, tias, amigos, médicos e profissionais da saúde que acompanharam o tratamento do João Lucas. “Esse é um momento de muita alegria e gratidão, há quase um ano atrás recebíamos o diagnóstico de câncer do meu filho, nós mudamos de Guaraí para Palmas para fazer o tratamento e passamos dois meses em São Paulo para ele realizar a cirurgia. Graças a Deus meu filho está curado, gostaria de agradecer aos médicos que acompanharam ele e toda a equipe, pelo carinho que tiveram com a gente”, relatou a mãe Geovania dos Santos Bandeira.
Simbologia
O “Sino da Felicidade” foi instalado em fevereiro de 2025 pela equipe da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon/HGP) e tem o objetivo de celebrar a cura e, ao mesmo tempo, inspirar outros pacientes que estão em tratamento oncológico. “O sino representa esperança, é um momento aguardado por pacientes, familiares e por nós da equipe de oncologia”, explicou a coordenadora da Unacon/HGP, Amanda Moraes.