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A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína), obteve na Justiça o bloqueio de R$ 100 mil de contas bancárias de empresas e indivíduos investigados pela prática do crime de estelionato eletrônico. A decisão foi proferida pela 1ª Vara Criminal de Araguaína, atendendo à representação policial e ao parecer favorável do Ministério Público.
O delegado-chefe da 3ª DEIC, Márcio Lopes da Silva, explica que a investigação teve início depois que uma vítima fez uma denuncia à Polícia Civil, informando que realizou transferências bancárias no valor total de R$ 50 mil para a aquisição de equipamentos de musculação, pela internet, de uma empresa com sede em São Paulo. Os produtos nunca foram entregues e os responsáveis passaram a ignorar os contatos da vítima.
Os trabalhos investigativos da 3ª DEIC revelaram que o empresário de Iniciais S.L.R.A, juntamente com suas empresas operava um esquema fraudulento, utilizando múltiplos CNPJs (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para aplicar golpes contra consumidores em todo o país. Além disso, foi constatado que os investigados acumulam mais de 90 processos judiciais e diversas reclamações em plataformas especializadas.
Com base nos indícios robustos da fraude e na necessidade de garantir o ressarcimento dos prejuízos às vítimas, a Justiça determinou o bloqueio dos valores nas contas dos investigados, impedindo sua movimentação financeira até o limite de R$ 100 mil.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros envolvidos e reforça o compromisso no combate a crimes de estelionato eletrônico, garantindo maior segurança para os consumidores.
O delegado, Márcio Lopes também faz um alerta à população para que adotem as cautelas necessárias sempre que estiverem na iminência de fechar uma compra pela internet.
“É muito importante que os potenciais compradores se cerquem de todas as garantias necessárias a fim de verificar se a empresa, da qual estão adquirindo produtos ou serviços, é idônea e possui uma boa reputação no mercado. Isso pode ser verificado, por meio de pesquisas, utilizado o nome da companhia. Além disso, é fundamental desconfiar de preços abaixo dos normalmente praticados no mercado e de condições muito facilitadas para fechar negócio, pois pode se tratar de um golpe”, enfatizou a autoridade policial.