Veículos de luxo são objeto de sequestro judicial pela Polícia Civil.

Uma ação conjunta da Polícia Civil do Tocantins e de Goiás, com apoio e da Diretoria de Inteligência do Ministério Extraordinário da Segurança Pública deflagrou a "Operação Ostentação" contra uma quadrilha que invadia contas bancárias e desviava o dinheiro pela internet. A estimativa é de R$ 10 milhões de prejuízo a vítimas de quase todos os estados.

Ao todo, 60 policiais cumprem cinco mandados de prisões temporárias e sete de busca e apreensão no Tocantins e em Goiás.

Investigação

Segundo a PC do Tocantins, a investigação iniciou após a identificação de que clientes bancários de 23 estados do país tiveram suas contas invadidas. Valores foram furtados e utilizados em transações ilícitas, como pagamentos e transferências em nomes de terceiros, em especial relacionados a boletos de tributos, como de ICMS e IPVA.

Em poucos meses, estima-se um prejuízo de aproximadamente 1 milhão de reais, à instituição bancária. Mas a polícia suspeita que os investigados movimentavam uma grande quantia que pode superar a casa dos 10 milhões de reais, considerando-se os altos valores transacionados em Bitcoins.

Suspeitos

De acordo com a PC-TO, Leandro Xavier Magalhães Fernandes figurava como líder da organização. Ele é suspeito de utilizar o dinheiro proveniente de fraudes em contas bancárias online de clientes para pagamento de boletos e, especialmente, para envio a empresas administradoras de bitcons.

Além disso, segundo a polícia, Leandro transferia para Luiz Augusto Magalhães Fernandes e, em Palmas, para Nilce Maria de Abreu Tavares, Reginaldo Alves de Carvalho Filho e, sua noiva, Danúzia Grasiela Sousa e Silva.  Grande parte dos valores furtados pela internet, cerca de 5 milhões de reais, serviam para a aquisiçãode veículos de luxo, como forma de lavagem.

Fraude

A polícia explicou que os crimes eram praticados por meio de máquinas virtuais em serviços de nuvens, com servidores instalados no Brasil e em outros países. A suspeita é de que softwares maliciosos infectavam os dispositivos utilizados pelas vítimas para acesso ao internet banking, possibilitando que os criminosos tivessem a posse dos dados dos clientes.

Além dos mandados de prisão e apreensão, os agentes estão cumprindo 7 ordens de sequestros de veículos de luxo, assim como de imóveis, além do bloqueio de 1 milhão de reais nas constas bancárias dos suspeitos no Tocantins e em Goiás.