Polícia CIvil esclarece sobre boatos de sequestros de crianças
Foto: Ilustrativa

Após boatos sobre suposta quadrilha do Maranhão que estaria planejando sequestrar crianças em municípios tocantinenses, a Polícia Civil do Tocantins informou nesta quinta-feira (28) que tais relatos são inverídicos e não encontram respaldo na realidade dos fatos.

A instituição ressaltou ainda que o boato tem sido disseminado especialmente pelo mensageiro WhatsApp e acaba gerando pânico e medo na população. A PC-TO assegurou que até o momento não há qualquer tipo de crime de sequestro envolvendo crianças, em municípios tocantinenses do norte do Estado, sobretudo aqueles que fazem divisa com o Maranhão.

Embora Conselhos Tutelares de alguns municípios tenham expedido recomendação sobre a possibilidade de ocorrência de tais crimes, a PC-TO recomendou cautela à população.

A instituiu apelou os cidadãos a não espalharem os relatos recebidos pelas redes sociais de supostas tentativas de sequestros, uma vez que não há qualquer tipo de comprovação.

Não espalhe notícias falsas no sentido de não alarmar e amedrontar ainda mais pais e responsáveis por crianças e adolescentes”.  Afirmou em comunicado.

A PC-TO ressaltou que apesar de não haver ocorrência de sequestro, é  necessário que pais e responsáveis redobrem a atenção e os cuidados com seus filhos. Qualquer fato que desperte suspeitas deve ser informado a autoridade policial para que sejam iniciadas investigações. 

Como forma de melhor orientar e esclarecer a população sobre os fatos, o delegado-chefe da 3ª Divisão de Repressão ao Crime Organizado (3ª DEIC), de Araguaína, Fernando Rizério Jayme, cuja unidade policial também detém atribuições de investigação das tentativas e sequestros em toda a região e de investigações complexas, informa, que as notícias acerca de possíveis ataques a crianças são inverídicas.

Até o presente momento não houve nenhum acionamento ou registro de fatos dessa natureza, apesar de que, desde ontem, quando iniciaram as propagações dessas fake news, iniciamos um monitoramento do assunto na cidade, até para descartar a sua possibilidade”, disse o delegado.

O delegado reforçou que a 3ª DEIC atua em regime de sobreaviso noturno, e que, portanto, a equipe de policiais da delegacia está a todo tempo acompanhando fatos criminosos relevantes e possibilidade de suas ocorrências, objetivando gerar tranquilidade social e frustrar ataques de crimes graves e de grande complexidade.

Divulgação de notícias falsas

Fernando Rizério lembrou também que a divulgação de notícias falsas de crimes com o intuito de amedrontar a população configura crime e como tal pode ser punido, segundo o ordenamento jurídico brasileiro.

 “Embora o fato em questão não encontre fulcro na verdade, isso não nos exime do cuidado que sempre devemos ter com nossas crianças, porém, a propagação de notícias falsas, manipuladas e alteradas também configura conduta criminosa e que poderá ser apurada em procedimento policial investigativo, pois o Art. 41 da LCP prevê punição para quem: “Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto: Pena - prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

 O delegado frisa que, “além de orientar a manutenção de sempre termos cautela e cuidado na vigilância de crianças, não há motivos para alarde e preocupação, e, caso venha a ocorrer no futuro, a 3ª DEIC e as demais Delegacias de Polícia Civil do Tocantins estarão atentas para prontamente intervir e resguardar a segurança e a integridade física e psicológica das crianças e de qualquer cidadão que possa a ser vítima de alguma tentativa de crime”, pontuou a autoridade policial.

Qalquer informação ou denúncia sobre o suposto sequestro de crianças podem ser passadas diretamente à DEIC, a qual fica localizada no Complexo de Delegacias Especializadas, na Avenida Marginal Neblina, na cidade de Araguaína ou então diretamente na Delegacia de Polícia Civil mais próxima.