
Ocorreu na manhã desta terça-feira, 5, em Araguaína, a 4ª fase da operação Walking Dead, visando o cumprimento de medidas cautelares de busca e apreensão domiciliar determinadas pela Justiça, com parecer favorável do Ministério Público do Tocantins (MPTO).
Nesta fase, a Divisão Especializada em Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT) cumpriu três mandados de busca e apreensão na cidade de Araguaína, na residência e em escritório de dois contadores e de um corretor, os quais teriam concorrido para que uma empresa fantasma obtivesse dividendos em prejuízo da fazenda pública estadual.
Segundo as investigações, a empresa nunca existiu de fato e teria sido constituída em nome de um laranja, que nunca a administrou. Para praticar o crime de sonegação fiscal, terceiros articularam um esquema e emitiram mais de R$ 7 milhões e 200 mil em notas fiscais durante OS quatro meses em que a empresa teria funcionado, sem que nenhum valor tenha sido recolhido aos cofres públicos a título de imposto. A empresa foi registrada como atacadista de grãos e deveria ter sido instalada na cidade de Filadélfia.
A fraude praticada nesta empresa gerou prejuízos de R$ 2.642.104,12 ao Estado, em valores atualizados. Com o desfecho das investigações, o Estado do Tocantins terá os meios necessários para identificar os reais devedores e cobrar os ativos financeiros sonegados.
Os responsáveis também podem responder criminalmente pelas práticas de sonegação fiscal, falsidade documental, organização criminosa e branqueamento de capitais.
As investigações sobre as fraudes e a 4ª fase da operação Walking Dead foram realizadas pela Polícia Civil. O parecer favorável às buscas e apreensões, por parte do MPTO, foi emitido pelo promotor de Justiça Guilherme Deleuse.