Um pedido de informação acabou virando caso de polícia na noite desta segunda-feira (7) no anexo da UPA de Araguaína, exclusivo para pacientes com sintomas gripais.

Um acompanhante foi retirado à força da unidade e relatou ter sido agredido. Na confusão, uma vidraça da unidade acabou sendo quebrada. A Polícia Militar foi chamada para registrar a ocorrência.

O administrador Danilo Alves gravou um vídeo e relatou o que aconteceu. Disse que chegou no anexo da UPA por volta das 16h desta segunda-feira, como acompanhante de uma paciente com sintomas de covid-19.

A paciente foi atendida e ele ficou aguardando do lado de fora. À noite, já quase 21h, Danilo contou que a paciente pediu ajuda dele para saber o motivo da demora para fazer exame de raio-X.

Ao questionar o motivo da demora, a recepcionista teria dito “a paciente não é maior de idade?”

“Ela me pediu ajuda e eu, como acompanhante pelo lado de fora. Então eu vim até a parte da recepção pra pegar informações do que estava acontecendo. Eu não pedi privilégio. Então, ao indagar o que estava acontecendo, fui colocado pra fora. Ao ser colocado pra fora fui agredido, segurado pelas duas mãos, e um dos enfermeiros ainda tomou meu celular da minha mão. (..) É tanto que  esse vidro aqui foi quebrado. O enfermeiro quebrou ao tentar me agredir”. Disse Danilo em vídeo.

Na sequência, Danilo conta que ele mesmo acionou a polícia e registrou boletim de ocorrência.

“Eu sentei aqui nessa cadeira por quatro horas e vi várias pessoas saindo aqui com mal tratamento. Estou mostrando esse vídeo porque isso não pode acontecer. Isso é um absurdo”. Finalizou em vídeo.

Outro lado

Em nota, o ISAC - Instituto Saúde e Cidadania, que gerencia a UPA Anatólio Dias Carneiro, disse que “preza por um ambiente amistoso, no qual colaboradores, pacientes e familiares, sintam-se bem, respeitados e cuidados.

A instituição defende o diálogo e o respeito no ambiente de saúde. E por isso buscou oferecer todas as informações ao cidadão que aparece no vídeo da reportagem.

Pontuou que o paciente tinha suspeita de covid-19 e, por isso, não poderia ter acompanhamento. Mas ele, mesmo assim, tentou forçar a entrada na unidade.

Diante da insistência, o segurança e o porteiro pediram ao homem que saísse da unidade. Neste momento, o homem fez agressões verbais à equipe e começou a gravar um vídeo.

O porteiro e o segurança, então, retiraram-no da unidade e a equipe da UPA chamou a polícia para conter a situação.

Atender de forma humanizada, garantindo direitos de todos, é a orientação do ISAC nas unidades que gerencia".