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Pequenas reformas e manutenções residenciais no fim do ano exigem cuidados com rede elétrica para evitar acidentes

Avaliação profissional, uso correto de equipamentos e prevenção ajudam a reduzir riscos em residências

Improvisos como benjamins, T
Foto: Comunicação - ETO
Com a chegada do mês de dezembro, muitas famílias aproveitam as férias e o recebimento do 13º salário para realizar pequenas reformas e manutenções em casa. E mesmo quem não pretende fazer mudanças estruturais pode usar o período de folga para revisar as instalações elétricas, uma medida simples que ajuda a prevenir acidentes como choques, curtos-circuitos e incêndios.  
 
A manutenção periódica é fundamental para garantir o bom funcionamento da rede interna, especialmente porque sinais como queda frequente do disjuntor, cheiro de queimado, tomadas aquecidas ou fios aparentes indicam que algo está errado e precisa de atenção imediata.  
 
A coordenadora de Segurança da Energisa Tocantins, Luciana Santos Teixeira, reforça que a revisão deve ser tratada como prioridade.
 
“É comum que as pessoas adiem a avaliação das instalações elétricas, mas essa é uma das principais ações para evitar acidentes. O fim de ano é um bom momento para solicitar a visita de um profissional e garantir que toda a fiação está em boas condições.” 
 
De acordo com estudos da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), grande parte dos acidentes ocorre pela combinação de instalações internas antigas, sem manutenção adequada, com o uso crescente de aparelhos elétricos de maior potência como micro-ondas, fritadeiras, ar-condicionado, aquecedores e chuveiros de alta vazão. Improvisos como benjamins, T’s, extensões e excesso de equipamentos ligados em uma única tomada também são apontados como gatilhos para sobrecarga e curtos.  
 
Luciana alerta que muitas residências passaram a exigir mais da rede elétrica do que ela foi projetada para suportar. “Tomadas escurecidas, aquecidas, ruídos, quedas de disjuntor e lâmpadas queimando com frequência são sinais que não podem ser ignorados. Qualquer improviso pode colocar em risco toda a família.” 
 
Além de evitar benjamins e extensões, a Energisa recomenda dar preferência ao uso de réguas de energia com chave liga/desliga e certificação de segurança. Diferentemente dos adaptadores improvisados, as réguas de energia distribuem melhor a carga e possuem mecanismos que ampliam a proteção dos equipamentos.  
 
Ainda assim, a coordenadora reforça que elas devem ser utilizadas com moderação. “A régua é mais segura do que o benjamim, mas precisa ser usada corretamente. Ela não deve ser sobrecarregada, e é essencial verificar se tem certificação e se suporta a potência dos aparelhos conectados”, orienta Luciana. 
 
A distribuidora lembra ainda que serviços elétricos devem ser realizados apenas por profissionais habilitados e que as instalações internas precisam ser avaliadas periodicamente — principalmente em imóveis antigos ou que passaram a consumir mais energia nos últimos anos.  
 
Em casos de reformas, a atenção deve ser redobrada. A simples aproximação de objetos longos ou metálicos, como barras de ferro, escadas ou rolos de pintura, a menos de 1,50 metro da rede elétrica já é suficiente para provocar uma descarga, mesmo sem contato direto com os cabos. 
 
“Com eletricidade não se brinca. A revisão periódica é um investimento na segurança da casa e da família. Ao notar qualquer anormalidade, a primeira orientação é interromper o uso e acionar um eletricista de confiança”, conclui Luciana. 
 
Dicas de segurança da Energisa para revisar a instalação elétrica 
  • Contrate um profissional habilitado para avaliar a fiação, quadro de energia e estado das tomadas; 
  • Nunca realize reparos com o disjuntor ligado — mesmo em trocas simples de lâmpadas; 
  • Evite sobrecarga: não ligue vários aparelhos em uma mesma tomada; 
  • Prefira réguas de energia certificadas em vez de benjamins ou extensões; 
  • Verifique se a tensão dos equipamentos é compatível com a da tomada; 
  • Fique atento a sinais de risco como cheiro de queimado, aquecimento, faíscas ou quedas recorrentes do disjuntor; 
  • Não molhe ou lave áreas próximas a tomadas e pontos de energia; 
  • Jamais toque em fios desencapados ou tente improvisar reparos; 
  • Em imóveis antigos, considere a substituição total da fiação, caso o eletricista identifique desgaste.