Lab Vac. de Biomoléculas e Vacinas - UFT
Foto: Daniel dos Santos/Dicom-UFT

Uma pesquisa pioneira aponta a importância de coibir o crescente aumento de microrganismos resistentes a vários tipos de antibióticos. Um estudo desenvolvido no Estado aponta a importância da readequação de novas práticas hospitalares e revisão de protocolos de visitas e higienização para evitar a proliferação de bactérias no ambiente hospitalar. A pesquisa conta com o apoio financeiro dos Governos, estadual e federal por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).

O Projeto científico é denominado “Análises da susceptibilidade a antibióticos de Bactérias Multirresistentes (MDR) isolada de Unidade Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional (HRG) do Estado do Tocantins” e foi iniciado em 2018 com conclusão prevista para o fim de 2020. Estuda a presença da bactéria Acinetobacter baumannii que provoca infecções como pneumonias, infecção urinária e meningite com maior prevalência em pacientes imunocomprometidos, hospitalizados em períodos superiores a 48h em UTI. Desta forma o estudo está sendo realizado para coibir a proliferação das bactérias e trazer qualidade de vida aos enfermos e envolvidos no tratamento.

“Tais bactérias são resistentes a classes de antibióticos, e reduz as opções terapêuticas, além de causar a preocupação aos agentes de saúde quanto ao tratamento das infecções hospitalares.  Desta forma um dos mais eficientes antimicrobianos comumente são prescritos como tratamento de último recurso para muitas infecções por bactérias Gram-negativas já apresentam casos de resistências”, mas o estudo vem para trazer estratégias inovadoras para evitar a proliferação, explica o coordenador do Estudo Professor Doutor, Alex Cangussu, que atua na Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Casos da bactéria

As bactérias multiresistentes em estudo, tem surgido em UTIs de diversos países, principalmente na América Latina, América do Norte e Europa. No Brasil infecções hospitalares de cepas A. baumannii (MDR) tem sido isoladas em UTI de Goiânia e no Tocantins, a presença de (MDR) tem sido reportados em pacientes hospitalizados nas UTI’s da capital do Estado. E a proposta do estudo é a criação de medidas preventivas e eficazes para combate las. Além de gerar um banco de dados que poderá ser utilizado para outras pesquisas científicas sobre a saúde no Tocantins.  

Autores do estudo

As amostras do estudo foram coletadas no leito da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Gurupi, distante a 213 Km da capital. A pesquisa é coordenada pelo Professor Doutor em Biotecnologia, Alex Sander Cangussu, que atua na Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus Gurupi. A equipe do projeto é formada por oito pesquisadores, como doutorandos, mestrandos e estudantes de iniciação científica que atuam com Saúde Pública. O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento com previsão de término para o final de 2020.

A pesquisa foi selecionada por meio do edital da FAPT - 01/2017 do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) do Ministério da Saúde o qual tem Gerenciamento Técnico Administrativo do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Conta com apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES/TO) que acompanha as etapas operacionais e o resultado da pesquisa a fim de ser implantada no SUS - Sistema Único de Saúde.