Um laudo feito por peritos da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará confirmou que a bebê Ester Sofia de Oliveira, de apenas quatro meses, morreu vítima de envenenamento. O chocante caso aconteceu na cidade de São Geraldo do Araguaia, mas a criança veio a falecer após ser transferida para o Hospital Municipal de Araguaína (TO), no dia 28 de outubro do ano passado. O principal suspeito do crime é o próprio pai, Jeferson da Mota Castro, de 21 anos.

Conforme o laudo, foi encontrado vestígios de veneno de matar carrapatos na blusa que a bebê estava vestida. Um frasco de Carrapatacida Colosso foi recolhido pela polícia. “Foram detectadas substâncias Cipermetrina e Clorpirifós no frasco do praguicida Colosso e na camiseta rosa. Na fralda e fragmentos de gases não foram detectadas as substancias que fazem parte do praguicida”, diz o laudo.

As duas substâncias são consideradas agrotóxicos ou pesticidas de uso veterinário e são agentes químicos reconhecidamente prejudiciais para a saúde humana e o ambiente, afirma o laudo.

O suposto envenenamento teria acontecido na segunda-feira (27), em São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará. Segundo a Polícia Militar daquele Estado, o pai da criança teria confessado o crime após ser preso, no entanto, ele foi solto em seguida por falta de provas, segundo o delegado.

A bebê, Ester Sofia de Oliveira, foi levada para o hospital de São Geraldo do Araguaia (PA) e depois transferida para o Hospital Municipal de Araguaína, mas não resistiu e morreu em menos de 30 minutos após dar entrada na unidade. A família suspeita que Jeferson tenha usado uma seringa para injetar o veneno.

No último dia 14 de julho, o Ministério Público do Estado do Pará disse que duas testemunhas afirmaram categoricamente que a seringa e o fraco do veneno foram também apreendidos. Nesse sentido, o MPE pediu também perícia para análise das digitais nos objetos.

Jeferson da Mota Castro, 21 anos, 

O Ministério Público também pediu que a mãe da criança, Raiele Brito de Oliveira, informe o comportamento do acusado e os locais em que ele teve acesso dentro da casa antes do fato. O MPE quer saber ainda se Jeferson esteve no quintal da casa (onde estava o veneno) antes da criança começar a passar mal.

 

Desesperada, mãe pede justiça

A mãe da criança afirmou ao AF Notícias que Jeferson nunca aceitou sua gravidez. Contou ainda que seu ex-companheiro estava com a bebê no quarto enquanto ela fazia o almoço. Depois, Jeferson teria chegado alegando que a menina estava com um cheiro estranho na boca. Daí começou o drama e sofrimento da jovem mãe.

Agora, 10 meses depois, Raiele luta insistentemente para que o caso não fique impune. Desde o fato, a jovem tem acompanhado e cobrado das autoridades uma posição. Já seu ex-companheiro, Jeferson da Mota Castro, não mora mais na cidade.

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