
A Polícia Federal investiga denúncia de extração ilegal de brita para uso na recuperação da cratera da Av. Filadélfia, em Araguaína (TO). A PF fez diligências na tarde desta sexta-feira (15), esteve na britadeira e encontrou veículos da construtora Jurema fazendo a extração, além do transporte do material.
O local fica às margens da TO-222, no município de Aragominas (TO). Segundo a denúncia, que a PF apura, a construtora Jurema estaria retirando irregularmente brita do local e utilizando nas pavimentações de rodovias no Tocantins. Entre as obras, estaria o aterro da cratera da Av. Filadélfia em Araguaína.
Segundo denunciado à PF, desde o ano de 2013, a Jurema retira brita e agregados do local. "Torna incalculável a retirada de minério do local, levando- se em conta todas as obras executadas." Diz trecho do relato. A suspeita é de que 400 mil toneladas de brita foram retiradas ilegalmente, num valor estimado de R$ 200 milhões.
Frisa ainda que neste período a construtora não teria pago os impostos municipal, estadual ou federal. E nem mesmo a Contribuição Financeira sobre Exploração Mineral-CEFEM.
A denúncia à PF é de autoria de uma sócia da empresa Ferreira Duarte Construções Ltda. Ela informou que comprou junto à empresa Norte Brita o direito de exploração de brita em imóvel rural localizado nas margens da TO-222, KM 24. Contudo, conforme o relato, ao tentar assumir as atividades em janeiro de 2019 a construtora Jurema "se encontrava explorando o mineral sem autorização."
Diante dos fatos denunciados, a PF vai investigar o caso e o Ministério Público Federal (MPF) deve atuar no caso, pois a brita teria sido usada em obras construídas com recursos federais.
A construtora Jurema também, segundo denunciado pela imprensa, fez a retirada de terra às margens da TO-222, no sentido Babaçulândia.
A reportagem tentou contato com a construtora Jurema por email e telefone, mas ainda não obteve retorno.