A Polícia Militar informou em nota nesta segunda-feira (9) que vai investigar a briga envolvendo o deputado estadual José Bonifácio (PR) e o cabo da PM Averaldo Vianna, após uma partida de futebol em Porto Nacional, a 60 km de Palmas. A confusão aconteceu no sábado (7), no estádio General Sampaio, quando os times Interporto e Tocantinópolis se enfrentaram pelo Campeonato Tocantinense 2015. O parlamentar alega que as agressões tiveram motivações políticas, já o militar diz que foi uma briga de torcida.

Segundo a PM, a corporação vai instaurar uma sindicância para averiguar os fatos ocorridos no sábado, envolvendo o militar. O procedimento administrativo tem um prazo de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 20 dias. "[É preciso] respeitar os princípios da ampla defesa e contraditório durante a fase de instrução do procedimento", informa a nota. A corporação não revelou que providências serão tomadas enquanto a investigação é feita.

Confusão

A briga que aconteceu no sábado possui duas versões. José Bonifácio conta foi surpreendido pelo policial que estava a paisana e começou a discutir por causa das progressões e promoções concedidas aos militares no fim da gestão do ex-governador Sandoval Cardoso (SD) e cujos efeitos foram cancelados em fevereiro no governo Marcelo Miranda (PMDB). José Bonifácio disse que foi contra a aprovação dos benefícios e que durante a discussão foi agredido pelo policial.

Por outro lado, o cabo Averaldo Vianna relata que estava usando uma camisa do Interporto, que venceu o jogo por 2 a 1, quando foi surpreendido no banheiro com um soco na boca. O deputado é torcedor do Tocantinópolis e teria ficado irritado com a derrota do time. Algumas pessoas teriam informado Averaldo de que o parlamentar havia dito que não iria aceitar nenhum torcedor do Interporto no banheiro enquanto ele estivesse lá dentro.

Providências

Averaldo diz que chegou a procurar uma delegacia em Palmas para registrar um Boletim de Ocorrência, mas que por causa da greve da Polícia Civil do Tocantins isso não foi possível. Ele afirma que vai registrar um boletim virtual e uma queixa-crime com relação ao caso. Ainda de acordo com o militar, isso só deve acontecer após ele consultar o comando da PM para saber o posicionamento da corporação.

Já o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins (AL), deputado Osires Damaso, disse por telefone que desconhece o caso. Ele não quis se pronunciar sobre possíveis medidas da AL até se informar acerca dos acontecimentos no estádio. O posicionamento do órgão, de acordo com Damaso, deve ser divulgado nesta terça-feira (10).

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