Fernando Almeida

Operação pente fino realizada no presídio Barra da Grota em Araguaína encontrou smartphones, armas artesanais e até garrafas de cachaça. A varredura da Polícia Civil, com apoio externo da PM, iniciou na segunda-feira, 11 e não tem data para terminar. A Polícia descobriu que a bebida caseira era fabricada e comercializada dentro da unidade prisional, assim como os celulares e cigarros, por valores exorbitantes.

Preços

Durante a varredura foram apreendidos dezenas de armas artesanais (chuços), cadeados e oito garrafas pet com cachaça e seis laminas de aço (faca e facão). Além de dezenas de chips, 28 celulares, entre modelos básicos e outros mais modernos. De acordo com o diretor do presídio, Jean Carlos Gomes, a PC descobriu que um celular simples custa em média 1.500 reais. Dependendo do modelo, pode chegar até 5 mil reais. A carteira cigarro sai por 200 reais.

Os detentos também comercializam cachaça artesanal, produzida com os gêneros alimentícios que eles recebem. “Por exemplo, o bolo, eles acrescentam todo os ingrediente para que seja feito a cachaça. Aí une a rapadura, o fermento, eles adicionam na farinha. Depois eles peneiram esse material e vendem”  disse o diretor. A direção do presídio revelou que 300 grama (ou ml) de cachaça custa em média 600 a 700 reais.

Entradas dos produtos

De acordo com o diretor, os objetos chegam aos presos através de familiares, outros arremessados e até possivelmente por meio da corrupção de funcionários da Umanizzare. Mas que tudo ainda está sendo investigado pela Polícia Civil.

A operação tem objetivo de recolher drogas e armas de dentro do Barra da Grota e ainda deve continuar nesta semana.