O candidato a governador pela coligação A Experiência Faz a Mudança, Marcelo Miranda, se reuniu com policiais civis do Estado, na manhã desta terça-feira, 16, em Palmas. Os presidentes dos sindicatos, de Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), Moisemar Alves Marinho e dos Delegados, Cintia Paula, denunciaram falta de estrutura, de condições de trabalho e pediram justificativas técnicas para transferências e afastamentos de delegados e policiais durante os processos de apuração e de investigações de casos da sociedade.
“Somos retirados ou transferidos sem a menor explicação” – denuncia um policial civil que não pode se identificar por medo de mais perseguição.
Respeito
Do presidente do Sinpol, Moisemar Alves, Marcelo Miranda ouviu: “A nossa categoria tem muito respeito e gratidão ao Senhor (Marcelo Miranda) por ter elevado nosso nível de médio para superior dentro do quadro de carreira, foi importante conquista para todos nós” – disse o sindicalista.
Autonomia
No entanto, Moisemar pediu autonomia administrativa e operacional para a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
“Somos policiais do Estado e não de governos. Defendemos a sociedade” – pontuou, solicitando a realização de concursos e o chamamento dos policiais que já foram concursados e também o retorno de policiais civis à SSP, emprestados a outras secretarias.
A mesma reivindicação fez a presidente do Sindicato dos Delegados, Cintia Paula. “Precisamos de autonomia financeira, administrativa e profissional. A falta da implantação de políticas públicas, a escassez de delegados no Estado, déficit de mais de 70 delegados, além da falta de estrutura para as delegacias e falta de condições de trabalho dignas atrapalham o cumprimento do nosso dever diante da sociedade” - reclamou a delegada.
Nossa causa
Para os sindicalistas, Marcelo Miranda respondeu: “As reivindicações de vocês são justas, são nossa causa e serão a base de nosso plano de governo, foi pra isso que vim aqui assumir compromisso e não fazer promessas como muitos já fizeram. Contem comigo e fiquem tranquilos porque esse estado de abandono vai acabar, pois vamos vencê-lo juntos” – assegurou o próximo Governador.
Sem munição
De acordo com denúncias de policiais civis que não quiseram se identificar, a precariedade de trabalho da categoria é tamanha que os próprios policiais civis estão comprando a munição que utilizam para defender a sociedade dos bandidos. “Muitos de nós tivemos que comprar armas e munição para trabalhar e usamos coletes vencidos que oferecem risco à nossa vida” – denunciou.
Sem diárias
Segundo outros depoimentos, os policiais civis estão viajando sem diárias para custear as despesas de viagem. “Desde que entrou a primeira turma desse governo que aí está, não recebemos diárias, uma humilhação sem precedentes no desempenho de nossa função” – reclamou um policial civil, informando que existe uma promessa não cumprida de quitação desse débito que se iniciou há quase quatro anos.