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Os Policiais Civis do Tocantins deflagram a "Operação Legalidade", onde, a partir desta quarta-feira (11), não serão mais realizados plantões e nenhum flagrante será registrado no período noturno, final de semana ou feriado nas Delegacias de todo o Estado.

A decisão foi tomada pela categoria na tarde desta terça-feira (10), em assembleia no Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), em Palmas. A medida tem o objetivo de pressionar o Governo a efetuar o pagamento da paridade salarial, como previsto em lei. “Onde estiver delegado de Polícia, escrivão, trabalhando com carga horária excessiva, além daquilo previsto em lei, nós não vamos fazer (os trabalhos)”, informou o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.

A "Operação Legalidade" seguirá incialmente até a próxima sexta-feira (13), dia em que estará disponível na conta bancária dos servidores o pagamento da folha de janeiro de 2015. Caso o reajuste salarial não seja pago, o líder sindical já adiantou que haverá uma assembleia geral no dia 20 para decidir sobre a greve da Polícia Civil.

Logo após o término da assembleia, cerca de 500 policiais civis de Palmas e do interior seguiram para o Palácio Araguaia e lotaram o hall de entrada em busca de diálogo com o governador Marcelo Miranda. Uma comissão foi formada para conversar com o Governo.

O presidente do Sinpol disse ainda que há grande déficit no quadro de pessoal da Polícia Civil, o que tem provocado irregularidades nos plantões e carga horária excessivas. “Nós temos escrivão de polícia que trabalha a semana toda no expediente (40 horas), e no final de semana cobre escala de plantão em razão da falta de servidor”, relatou Moisemar.

Comissão recebe líderes sindicais

No Palácio Araguaia, uma comissão designada pelo governador Marcelo Miranda recebeu representantes de sindicatos e associações. Segundo o secretário geral de Governo, Herbert Brito, “tudo foi discutido com transparência, clareza e muita franqueza". "Ouvimos as preocupações deles em relação às conquistas da categoria e o Governo explicou que apresentará a situação real encontrada, com medidas a serem adotadas em relação à questão de pessoal e de contenção de gastos e responsabilização daqueles que levaram o Estado a essa situação. A população do Tocantins precisa saber as consequências desses atos. Eles compreenderam e vão avaliar as medidas a serem tomadas”, comentou o secretário.

Presente no encontro, a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol), Cinthia Paula de Lima, confirmou que a reunião foi proveitosa. “Nós pudemos argumentar com o governo. Estamos satisfeitos com o diálogo e estamos abertos”, destacou a presidente.

Opinião semelhante teve o presidente do Sindicato dos Policias Civis do Tocantins (Sinpol), Moisemar Marinho. “O diálogo continua. Acreditamos que isso vai ser superado. Estamos esperançosos que dentro dessas medidas seja colocada a categoria”, comentou o presidente se referindo às medidas que o governo deve tomar diante dos problemas financeiros em que se encontra o Estado.

 Além do secretário de Governo, estavam presentes na reunião, o subsecretário  da Segurança Pública, Abzair Paniago, os secretários da Casa Civil, Télio Leão Ayres, de Articulação Política, Paulo Sidnei, da Comunicação Social, Rogério Silva, e o secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Raimundo Bonfim.