O servidor Ademar Moreira Gonçalves, de 36 anos, foi morto a tiro na noite do sábado (14) na capital São Luís (MA). Ademar era tocantinense de Porto Nacional e trabalhava como servidor do IBAMA.
Segundo o jornal O Estado, a polícia informou nesta segunda-feira (16) que um policial civil teria matado o servidor. O nome dele não foi revelado e o caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP) e pela Corregedoria de Polícia Civil do Maranhão.
Depois de dois da morte do servidor, o policial se apresentou com a presença de um advogado e prestou depoimento. Logo após ser ouvido por um delegado, o suspeito foi liberado, devido ter passado o período do flagrante.
Segundo o G1-MA, na delegacia o policial contou que estava em um bar quando soube que o seu carro estava sendo roubado. Ao encontrar um homem no volante saindo de uma vaga próximo de onde ele havia estacionado, sacou a arma para atirar nos pneus, segundo ele. O motorista (Ademar) arrancou com o carro depois que viu o homem armado, mas foi atingido com um tiro nas costas.
O servidor perdeu o controle do veículo e atingiu mais dois carros e uma motocicleta. O policial acrescentou ainda que o carro de Ademar era idêntico ao dele.
Testemunhas informaram que o policial retirou Ademar de dentro do carro e impediu as pessoas de se aproximar até a chegada do SAMU, mas fugiu do local depois que viu que havia se enganado. A vítima não resistiu ao ferimento e morreu ainda no local.
O corpo chegou na manhã desta terça-feira, 17, em Porto Nacional e está sendo velado no salão de uma funerária. A previsão é que o sepultado ocorra no final da tarde no cemitério da cidade.
Segundo a PC-MA, o policial que efetuou o tiro trabalhava no núcleo de combate ao crime organizado e tinha 15 anos de corporação com ótima conduta profissional. Ele foi afastado das suas funções, enquanto estiver sob investigação.
Já Ademar era formado em direito e nunca teve passagem pela polícia. A família de Ademar, está inconformada com o caso. "Despreparo total, né? Uma pessoa ouvir de outra pessoa que seu carro foi roubado e a pessoa já sair com uma arma em punho? Ele não deu nem a oportunidade do meu irmão falar nada", declarou Vera Lúcia, irmã do servidor.