Prefeitura enviou projeto para reparcelar a dívida.

A prefeitura de Araguaína enviou à Câmara Projeto de Lei que solicita o reparcelamento da dívida com o Impar. O montante em atraso chega à casa dos R$ 87 milhões e o município quer dividir o pagamento em 200 vezes --16 anos e oito meses.

Dados do próprio Instituto mostram que dos R$ 87 milhões da dívida, ao menos   R$ 80 milhões (91,5%) já foram parcelados.  São nove parcelamentos em andamento. O PL visa juntar todo o montante e reparcelar em 200 meses. Além deste total já parcelado, há quatro meses em atraso, o que somam R$ 5,6 milhões.

Toda a dívida é referente a contribuição patronal da prefeitura junto ao Impar--Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Araguaína. Segundo relatório do Instituto, R$ 40 milhões são das gestões dos ex-prefeitos Valuar Barros e Valderez Castelo Branco. Já o percentual de 54%, equivalente a R$ 47 milhões, foi contraído nos dois mandatos da gestão Dimas.

Atualmente, o repasse mensal do município ao Impar é em média R$ 2,8 milhões. Sendo R$ 1,4 milhão referente ao parcelamento e o restante da contribuição patronal. Ao reparcelar a dívida em 200 vezes, a parcela mensal cai para a média de R$ 570 mil. Por outro lado, há juros e multas, e a previsão do próprio Impar é de que a dívida supere os R$ 104 milhões.

Patrimônio Impar

Dados da Sete Capital, responsável pela consultoria financeira, afirma que o patrimônio líquido do Impar chegou a R$ 153 milhões em 2017, contra R$ 70 milhões em 2013. O diretor presidente do Instituto, Carlos Murad, defendeu que o reparcelamento é seguro. Pois o pagamento é descontado do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e não há risco de calote.

A reportagem procurou a prefeitura para explicar por que a dívida cresceu nos últimos anos e o motivo dos atrasos, mas ainda não obteve retorno.