Ramila Macedo

Cerca de 120 prefeituras do Tocantins prometeram fechar as portas a partir desta segunda (28) até o dia 2 de outubro, em protesto contra a redução de repasses do governo federal aos municípios. Nas cidades só devem funcionar os serviços essenciais, como os atendimentos emergenciais de Saúde.

A decisão foi tomada em reunião do movimento Paralisação Geral das Prefeituras do Estado do Tocantins, encabeçado pela ATM â??Associação Tocantinense de Municípios.

“Além de protestarmos contra o arrocho financeiro, nós prefeitos queremos sensibilizar nossas comunidades sobre a grave crise que passam as prefeituras, pois recebemos diariamente inúmeras cobranças dos munícipes”, frisou o presidente da ATM, João Emídio.

Adesões

De acordo com a ATM, até a manhã da sexta-feira (25), 120 prefeituras haviam confirmado adesão ao movimento. Prefeituras de municípios mais influentes do estado como Palmas, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e Dianópolis já confirmaram a participação.

Na capital, a prefeitura informou que estará fechando suas portas na próxima quarta-feira, 30. Já Gurupi informou que irá paralisar as atividades somente nesta segunda-feira, 28.

Araguaína de fora

Em nota ao AN, a Prefeitura de Araguaína informou ser solidária à ação das prefeituras, mas não paralisará os serviços.  “A queda de receita está impossibilitando o cumprimento de todas as obrigações que têm os municípios, principalmente os pequenos, dependentes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)”.

A prefeitura justificou que já se preparava para a crise desde o ano passado, “com a redução e readequação de boa parte do funcionalismo”. Admitiu que mesmo assim, as medidas não foram suficientes para o cenário atual. A nota adianta ainda que na próxima quarta-feira, 30, "a Prefeitura anunciará novas medidas visando o reequilíbrio de receita e despesa".