Presidente do SRA, Wagner Borges
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O presidente do Sindicato Rural de Araguaína (SRA), Wagner Borges, questionou a lisura do processo de apuração dos votos.  A declaração foi dada na noite desta segunda-feira,  31, no bloqueio na BR-153, feito por caminhoneiros que se recusam a aceitar a derrota de Jair Bolsonaro (PL). 

Em Araguaína, Bolsonaro conquistou por 58,23% dos votos válidos e Luiz Inácio Lula da Silva fez 41,77%. Contudo, o atual presidente perdeu na maioria dos munícipios do Estado, venceu em apenas 22, enquanto Lula venceu em 117 cidades.  

No vídeo, Wagner aparece colocando em dúvida a seriedade dos servidores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Tocantins.

Questionamentos

Mostramos a todos os riscos para onde poderíamos ir. Chegamos ao fim, ao 2º turno, e lá colocamos nosso voto, 22. No final, cada um ficou em uma seção em Araguaína, e a gente viu os fiscais do TRE, os funcionários, sair com um cartãozinho dentro da bolsa, entrar no carro com um motorista e levar para mandar estes votos. Pontuou, completando.

A gente tem certeza que naquela bolsa só estava nosso cartão? Da nossa urna? A gente tem esta certeza? Eu não tenho. A gente não sabe o que estava dentro desta bolsa. Cartão qualquer um faz, hacker… O fato é que a gente não tem certeza. Insistiu.

Hipótese falsa

Em nota, o TRE-TO rechaçou a possibilidade aventada pelo presidente do SRA de manipulação do resultado das urnas.  Além disso, apontou que todos os boletins de urnas são divulgados posteriormente no site da Justiça Eleitoral e qualquer cidadão pode conferir.

É falsa a hipótese levantada em vídeo que circula nas redes sociais sobre uma suposta possibilidade de troca de mídias de resultado antes da transmissão dos dados ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e consequente alteração do resultado da votação em seções eleitorais de Araguaína. Enfatizou a nota.

Boletim de urna

O TRE-TO ressaltou que, finalizada a votação, cinco vias do boletim de urna são impressas e assinadas por fiscais de partidos e mesários. E que uma dessas vias  é afixada na porta da seção eleitoral para conhecimento público.

Outra fica com o mesário presidente da mesa receptora de votos para conferência, duas são encaminhadas para a Junta Eleitoral e as demais são entregues aos fiscais de partidos presentes, sendo impressas outras cinco vias para atender à demanda caso necessário. Explica a nota.

Transparência

O TRE acrescentou ainda que os fiscais de partido podem conferir e comparar os dados do boletim de urna físico no site de resultados da Justiça Eleitoral. “O acesso a estes dados é público e pode ser feito por qualquer pessoa, a qualquer momento, garantindo toda a transparência necessária”, reforçou.

 A Corte ainda ressaltou que o boletim de urna digital, gravado na mídia utilizada para transmissão dos dados para totalização “é criptografado.” Além disso, é assinado digitalmente com os certificados digitais da urna eletrônica, impossibilitando qualquer alteração nos dados.

-Quando recepcionados na Justiça Eleitoral, os arquivos ainda têm as informações das urnas conferidas e as assinaturas verificadas antes de serem processados, garantindo total segurança ao processo”, esclareceu o TRE.

(Com informações do CT)