Luciano de Carvalho é investigado em suposto esquema de corrupção
Foto: Arquivo Pessoal

O primo do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), o pecuarista e empresário Luciano de Carvalho Rocha deixou a prisão na manhã deste domingo (6), onde se encontrava há seis dias.  Já Marcelo Miranda completa 11 dias preso no Quartel do Comando Geral em Palmas.

Luciano foi preso pela Polícia Federal em 1º de outubro, na Operação Urutu, e teve a prisão temporária prorrogada pela Justiça, após se recusar a colaborar com as investigações. Além dele, a esposa Kamile Oliveira Salles e Guilherme Costa de Oliveira também foram presos na mesma data.  Mas estes dois já haviam deixado a prisão.

Os  três investigados foram apontados pela investigação da PF  como laranjas e testas de ferro da "Família Miranda"  para esconder capitais. Segundo a PF, nesta  investigação são apurados prejuízos de R$ 50 milhões aos cofres públicos.

A Operação Urutau, conforme a Polícia Federal, busca aprofundar as investigações da operação Reis do Gado, em relação a um eixo da organização suspeito de desviar dinheiro de contratos públicos. Esses desvios supostamente eram feitos por meio das construtoras WTE Engenharia e Construarte, ligadas à Família Miranda e beneficiadas com contratos milionários durante o governo de Marcelo Miranda.

A WTE Engenharia, conforme a investigação estava formalmente no nome do primo do governador, Luciano de Carvalho e de Marcelino Leão Mendonça. Porém, após a operação Reis do Gado, as atividades dela foram dissipadas e passaram a ocorrer sob a estrutura da Construarte, que foi registrada no nome de Guilherme de Costa Oliveira, mas seria controlada por Luciano.

Para a Polícia, Guilherme Costa era 'laranja do laranja'. "Todos estes eventos evidenciam uma tentativa de mascarar o controle efetivo e dificultar a apuração das ilegalidades ocorridas em sua atuação, principalmente, nas contratações por ela firmadas com o Estado do Tocantins, sempre por cifras milionárias, durante o período em que Marcelo Miranda estava no comando do governo", diz trecho da decisão.