Com uma proposta programática focada em seis eixos principais e ações voltadas à união, fortalecimento e qualidade do ensino e das condições estruturais da instituição, a chapa "Viver a UFT" foi registrada na tarde desta sexta-feira, 19, e participa do processo que definirá o nome do novo reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O escolhido substituirá a reitora Isabel Auler, que faleceu no início deste mês.

A chapa defende o legado deixado por Isabel, que começava uma gestão independente, sem amarras políticas e voltada para defesa da instituição como um todo, integrando alunos, técnicos-administrativos e professores.

Encabeçada pelo reitor interino da universidade, Luís Eduardo Bovolato, a "Viver a UFT" tem como vice-reitora a professora Ana Lúcia de Medeiros, diretora do campus de Palmas. O registro foi feito por volta de 17 horas. Professores, técnicos e acadêmicos da instituição acompanharam o momento do registro, em apoio as propostas e objetivos de Bovolato e Ana Lúcia para a UFT.

Entre as propostas da chapa "Viver a UFT" estão a transparência, criatividade e inovação, responsabilidade social e ambiental, respeito à vida e à diversidade, equidade e comprometimento com a qualidade socialmente referenciada. "Nosso conteúdo programático contempla temas fundamentais para o fortalecimento da universidade enquanto instituição. São propostas exequíveis que primam pela melhoria e comprometimento da união e participação de todos os setores da universidade, sem distinção e com amplo diálogo", disse Bovolato, logo após a chapa ser registrada. A votação ocorre no próximo dia 9.

Vice-reitor na chapa de Isabel Auler, eleita em 2016, Bovolato afirmou que aceitou a indicação para participar da Pesquisa Eleitoral que definirá o novo reitor em razão do compromisso com a comunidade acadêmica em implementar as propostas, valores e princípios defendidos e já colocados em prática desde o ano passado, na gestão da professora Isabel. "Na verdade professora Ana Lúcia e eu representamos uma comunidade que vivencia a UFT e que defende seus anseios e sonhos que consistem, basicamente, na atuação da universidade como difusora do conhecimento, espaço de debate e formação de cidadãos que contribuam com o desenvolvimento social do nosso Estado", afirmou. "Por uma questão legal, a chapa só pode ter dois nomes. Mas, na verdade, somos um conjunto unido e aberto a mais adesões e todos querem que a instituição que vivemos mais forte e que cumpra seu papel. Todos têm esse propósito", complementou Ana Lúcia

Graduado em geologia pela Universidade do Mato Grosso, Bovolato é especialista em ensino de geociência pela Universidade de Campinas (Unicamp), mestre e doutor em geografia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista "Julio Mesquita" (Unesp) e MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (RJ).

Pioneiro no Estado, ele está no Tocantins desde 1989, quando atuou como geólogo. Nessa época iniciou suas atividades na Faculdade de Ciências e Letras de Araguaína como professor de geologia e geomorfologia. Ingressou na Unitins (Universidade do Tocantins), onde permaneceu até 2003. Foi diretor do campus de Araguaína. Bovolato ainda atuou como superintendente regional do Sesi (Serviço Social da Indústria). Nesse período, participou de vários movimentos que reivindicaram a criação da Universidade Federal do Tocantins e, em 2003, ingressou na UFT em seu primeiro concurso. É vice-reitor desde 2016.

Com experiência em planejamento, avaliação, gestão e finanças em universidade pública, Ana Lúcia de Medeiros, vice-reitora na chapa "Viver a UFT" é graduada em ciências econômicas pela Universidade Federal da Paraíba (1997). Tem mestrado em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e possui doutorado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2013).

Entre 2004 e 2009 foi pró-reitora de administração e Finanças da UFT e, entre 2012 a abril de 2015, pró-reitora de avaliação e planejamento. Além de diretora do Câmpus Universitário de Palmas, é professora adjunto do curso de Ciências Econõmicas, do mestrado profissional em gestão de políticas públicas e do mestrado profissional em Administração Pública da UFT