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Os profissionais da educação da rede municipal de Araguaína (TO) entraram em greve a partir desta segunda-feira (9) por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada durante assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet). Entre as reivindicações da categoria estão a cobrança de melhorias na infraestrutura de escolas e creches do município e valorização dos profissionais.
Pela manhã, dezenas de professores subiram a Avenida Cônego João Lima, a principal avenida comercial da cidade, até a Praça das Bandeiras, em protesto contra as condições precárias da educação com carro de som, faixas e cartazes.
Os educadores também estão revoltados com a demissão de todos os professores auxiliares que atuavam no município. Esses profissionais eram contratados pelo quadro administrativo, mas atuavam diretamente na sala de aula e, segundo o Sintet, a demissão deles resultou em uma situação caótica nas escolas e creches da cidade.
Outdoor da discórdia
Na última quarta-feira (4), dois outdoors foram instalados em Araguaína apontando os principais problemas enfrentados pelos educadores. Os painéis traziam reivindicações dos trabalhadores da rede municipal de educação e ainda uma charge do prefeito Ronaldo Dimas (PR). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), o outdoor foi derrubado por funcionários da prefeitura no mesmo dia, o que gerou revolta.
A ação aconteceu no momento em que ocorria a votação na assembleia geral do SINTET que discutia a possível paralisação dos educadores.
Para o presidente do Sintet Regional de Araguaína, Jesulê Guida, a iniciativa do prefeito é agressiva e ditadora. “Falta de postura, uma vergonha ter um prefeito que não respeita a democracia, o direito da classe dos professores” disse Jesulê Guida.
O painel trazia a seguinte frase: “A educação de Araguaína pede socorro! Se o prefeito não pagar, a educação vai parar.”
O outdoor também destacava palavras como “perseguição, salários e progressões dos professores atrasados, salas de aulas insalubres, PCCR desrespeitado”, dentre outras.