Redação
Na tarde desta sexta-feira (4) em Xambioá (To) professores saíram ás ruas para reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes na correção salarial. Cerca de 300 pessoas participaram da caminhada entre elas, professores, alunos, pais. Os manifestantes percorreram as ruas devido a uma falsa notícia que circulava na radio local informando sobre o fim da greve encaminhada pelo governo do estado.
Durante a manifestação os educadores bloquearam diversos trechos das ruas da cidade e fizeram uma parada de 10 minutos em frente a escola Paroquial da cidade a única que não aderiu ao movimento, como argumento de que o Padre Hélio de Souza seria amigo do ex governador Siqueira Campos.
O docente Aleandro Silva relata sua indignação como professor á situação da educação atualmente. "Estamos na rua porque não temos as condições dignas de trabalho, estamos na rua dando um grito de socorro, por esta educação que agoniza na UTI, protestamos porque somos professores e o sistema nos transformou em “sofressores”, entre os servidores de nível superior do estado, nós docentes temos o pior salário! isto é vergonhoso, somos agentes de transformação. (...) precisamos ser respeitados, precisamos ser valorizados!”
Entenda a greve
A greve na rede estadual de educação foi deflagrada em todo o estado do Tocantins no dia 24 do ultimo mês. A categoria cobra a revisão do Plano de Cargos Carreira e Salários; correção salarial de acordo com os índices reajustados do FUNDEB; pagamento do reajuste da data base previsto para 1º de maio; regularização dos repasses financeiros às escolas; eleição direta para diretor escolar; o fim da interferência política nas unidades e o pagamento do retroativo das progressões do edital de 2012, prometido para janeiro e não concedido pelo governo.
No último dia 29 o juiz Helvécio de Brito Mais Neto que foi convocado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins para analisar o pedido liminar em Ação Declaratória de Ilegalidade e Abusividade de greve, movida pelo Governo do Estado em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet). Através de decisão Liminar, ele considerou a greve ilegal e determinou o retorno imediato ao trabalho. Porém, o Sindicato recorreu e o movimento continua em todo o Tocantins.