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Recorde: Vendas e encomendas do artesenato tocantinense atingem R$ 350 mil na Fenearte 2024

Feira foi realizada em Olinda (PE) entre os dias 3 e 14 de julho. Ao todo, artesãos tocantinenses comercializaram 6.433 peças e receberam encomendas para mais 4.453

Com um total de R$ 355.148,00 em vendas, os artesãos tocantinenses superaram a participação na edição do ano passado
Foto: Kadu Souza/Gov.TO

O Tocantins mais uma vez foi destaque na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada entre os dias 3 e 14 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco, no município de Olinda, e considerada a maior da América Latina no segmento. Com apoio do Governo do Tocantins por meio da Secretaria da Cultura (Secult), artesãos tocantinenses comercializaram mais de 6.433 peças e receberam encomendas para mais 4.453 itens.

Nesta segunda-feira, 15, os artistas retornam ao estado, após duas semanas de intenso trabalho, com um total de R$ 355.148,00 em vendas, número que supera a participação na edição do ano passado, quando os profissionais comercializaram R$ 280.481,00.

Expondo suas peças em um estande de 42m², sete artesãos e quatro entidades representativas, vindos dos municípios de Itacajá, Tocantínia, Gurupi, Xambioá, Palmas, Ponte Alta do Tocantins, Dianópolis e da Ilha do Bananal, comercializaram seus trabalhos durante o evento, levando para os visitantes bolsas, biojoias, peças decorativas e utilitárias, entre outros produtos, todos feitos a partir de matérias-primas como sementes, capim-dourado, argila, fibra, madeira e palha de buriti.

A atuação destes trabalhadores foi possível devido a um edital de chamamento público lançado pela Secult no mês de maio, que selecionou os profissionais, proporcionando o seu transporte e de toda a sua mercadoria, além do suporte de servidores da pasta durante os quase 15 dias de evento.

Para o secretário da Cultura Tião Pinheiro, os bons resultados demonstram o importante trabalho desempenhado pelos artesãos do estado e pelo Governo do Tocantins em levar o artesanato local para feiras Brasil afora. “A participação nesses eventos é de extrema importância para que cada vez mais pessoas possam conhecer a cultura local, suas tradições e técnicas. Este ano tivemos mais um excelente resultado e conseguimos atingir, inclusive, compradores do maior museu do Hemisfério Sul, o MASP, e do Japão”, ressaltou.

A coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) no Tocantins e servidora da Secretaria da Cultura, Núbia Cursino, expressou alegria ao compartilhar os resultados obtidos pelo Tocantins na 24ª edição da Fenearte, e enfatizou o papel crucial da pasta durante todo o processo. "Acompanhamos estes profissionais desde a inscrição para concorrer ao edital até o último dia de feira. Parabenizo e agradeço aos nossos artesãos pela dedicação e talento, que levam a riqueza cultural do estado", complementou.

Laís Rodrigues Souza, conhecida como Laís Capim-Dourado, é uma artesã de Palmas. Em sua primeira participação na Fenearte, a artista levou para o estande uma variedade de produtos como biojoias, bolsas e fruteiras, todos confeccionados com o capim e a fibra de buriti. "Foi uma honra participar dessa feira, que atinge o Brasil e o mundo", disse. 
 

Do Tocantins para o mundo

Ao longo dos dias da participação do estado na Fenearte, visitantes como a comerciante japonesa Yasuko Yamamoto, elogiaram a qualidade das peças tocantinenses. Em visita ao estande, ela explicou que trabalha com capim-dourado há mais de 14 anos e já tinha experiência com o artesanato do Tocantins. "Conheci pela internet e comecei a fazer negócios com artesãos tocantinenses. Depois vim para o Brasil pela Apex em 2018 e visitei a Fenearte. Gostei muito e desta vez voltei por minha conta”, disse Yasuko, que levou novas peças criadas em materiais como capim, argila e palha de buriti.

 

Além da compradora internacional, a curadora da loja oficial do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), Adélia Borges, comentou sobre o interesse dos visitantes da instituição no trabalho produzido pelo povo da etnia Karajá. Durante a feira, representantes do museu compraram R$ 10 mil em bonecas Ritxòkò e maracás, peças que serão comercializadas na loja oficial do Masp.