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A ausência de representantes da Seduc e da Igreja Católica na sessão desta terça-feira (10) na Câmara de Araguaína foi alvo de severas críticas. Isso porque, na oportunidade foi discutido o fechamento da Escola Paroquial Sagado Coração de Jesus, conveniada com o Estado.
Vereadores, pais e demais participantes presentes lamentaram as ausências e cobraram uma solução para o problema. Entretanto, nada foi resolvido na prática, pois ninguém da Seduc ou da Igreja Católica se fez presente para apontar uma saída. Isso foi interpretado como sinal de omissão e falta de respeito para com Araguaína.
DesinteresseA professora Aylana Divina Coelho Rodrigues defendeu a luta pela permanência da escola no mesmo prédio e a manutenção do Convênio entre Estado e Igreja. Também fez, o que nas palavras dela, é uma "observação".
"Há um grande desinteresse do Estado pela escola conveniada. Sabe por quê? Porque o Estado não pode mandar lá dentro. O estado não tem brecha. Então, não é interesse do Governador do Estado" opinou a professora.
Covardia e omissãoO representante da Comissão de Pais Sagrado Coração de Jesus, Márcio Altino Oliveira, também defendeu a Escola no modelo conveniada. Ele é a favor do ensino com base nos princípios e valores cristãos que a Escola oferta. Além disso, fez uma avaliação positiva da reunião. "Foi proveitoso porque levantamos diversas possibilidades, trocamos muitas ideias e inclusive estratégias de como levar e enfrentar problema."
Mas, por outro lado, Márcio apontou omissão do Estado em relação ao problema "Existe uma certa omissão em não tentar resolver esse problema com a Instituição Orionita. (...) Então, de certa forma, o estado está sendo omisso." Também não economizou criticas e chamou de covarde o silêncio de líderes da Igreja Católica de Araguaína.
"Falo covardia por parte dos leigos, das pessoas que estão à frente da Igreja, como coordenadores, e que muitas vezes não tem coragem de se manifestar a favor do movimento. Com medo, acredito, de ficar em maus lençóis e ficar sendo visto de forma meio distorcida por parte do Clero", alfinetou.
Márcio reafirmou ser católico, negou sofrer retaliação por seu posicionamento e assegurou não ter medo de eventual perseguição. "Não tenho medo. Eu sou católico, professo a Fé Católica, acredito na minha Igreja, acredito na Instituição Orionita. (...) O que sou contra é a decisão do padre Josumar. A decisão dele [de fechar a escola] que eu julgo errada, abusiva com relação a comunidade local católica" finalizou.
Sem contatoO AN não conseguiu contato com representantes da Congregação Orionita , responsável pela Escola Paroquial. Desde o início do problema, a entidade nunca se manifestou. Apenas divulgou uma nota informando que a escola será fechada por causa da precariedade da estrutura.