A Secretaria de Estado da Saúde (SES) se manifestou através de nota sobre a Operação “Cama de Tut”, deflagrada nesta sexta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU).   A investigação apura suspeita de superfaturamento de 227% na compra de 590 camas hospitalares. A SES nega irregularidades e diz que o valor da compra foi inferior á medida nacional.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclareceu que está à disposição dos órgãos de controle para todos os esclarecimentos a respeito do processo de aquisição das camas elétricas, as quais foram licitadas e adquiridas por valor inferior à média nacional do Banco de Preço, base mais confiável de consulta disponível no mercado.

A SES informou que a compra dos mobiliários era uma necessidade, pois há 15 anos não havia grandes investimentos nesta área. A substituição das camas beneficiou a população tocantinense, que necessita do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como os trabalhadores da saúde, que precisam lidar com a locomoção de pacientes.

"As camas que foram trocadas, não automatizadas, e que ainda tinham condição de uso, foram reformadas sem custos adicionais ao Estado, e distribuídas nas unidades hospitalares de menor porte."

A SES destacou que zela pelo erário público e, sempre que necessário, aciona espontaneamente os órgãos de controle para investigar os possíveis abusos e superfaturamentos que muitas empresas tentam impor na oferta de alguns produtos. "Fato semelhante ocorreu em abril deste ano, na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para o combate à pandemia, decorrente da Covid-19."

Por fim, a SES reforçou que as novas camas têm a qualidade necessária para a demanda existente nas unidades hospitalares. "Demonstram-se duradouras e sem a necessidade de substituição imediata. Além disso,  possuem garantia de um ano, período no qual a empresa vencedora da licitação realizará manutenção sem custo adicional."