Redação

A greve dos policiais civis do Tocantins ganhou  apoio dos delegados de Polícia do Estado do Tocantins. Com falta de segurança nas delegacias, os delegados decidiram que vão trabalhar somente no expediente interno até que os policiais civis em greve cheguem a um entendimento com o governo do Estado. Este foi um dos assuntos em pauta deliberados em Assembleia Geral do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do estado do Tocantins (Sindepol), na manhã desta terça-feira, 17.

Segundo informações do Sindepol, a assessoria jurídica do sindicato analisa o ato administrativo do Secretário de Segurança Pública, que determinou o desarmamento da polícia civil, para verificar sua configuração como ato de improbidade administrativa, que impossibilitou o desenvolvimento dos trabalhos do Delegado de polícia civil em virtude da ausência de segurança à população e aos servidores.

A presidente do Sindepol, Cinthia Paula de Lima, expressou sua insatisfação com o que classificou de "omissão" do secretário de Segurança Pública, César Simoni, em não responder ofícios enviados à SSP. "Solicitamos, com urgência, uma orientação de como os delegados de polícia vão trabalhar nas suas delegacias sem agentes, armas, escrivães, algemas, ou seja, sem condição do Delegado lavrar, ao menos, um auto de prisão em flagrante nem outros serviços".

O Sindepol irá enviar, ainda, um ofício ao Secretário colocando as armas dos Delegados de Polícia à disposição, bem como o delegado que se sentir desconfortável com a vulnerabilidade das delegacias sem agentes, armas, algemas e escrivães, sendo o único armado na unidade, poderá voluntariamente fazer a entrega de sua arma.

Deliberaram ainda, na assembleia, que a partir de hoje todas as unidades policiais do estado só farão o serviço interno até que o problema seja resolvido pelo Secretário de Segurança Pública o qual já foi questionado anteriormente por este sindicato. (Com informações do Sindepol)