A prefeitura de Araguaína informou nesta terça-feira (19) que a cremação de corpos é a "solução para falta de espaço em cemitérios" da cidade. O serviço agora passa a ser oferecido às famílias carentes, já que o cemitério público São Lázaro, com 60 anos de existência, está lotado.
A medida pode gerar polêmica, uma vez que a população local tem a cultura de enterrar o ente querido e realizar visita no Dia de Finados.
A prefeitura defendeu o serviço citando que 300 jazidos ofertados no cemitério particular Jardim das Paineiras já esgotaram. A situação impossibilita funerais de corpos por meio do benefício ofertado pelo Município de auxílio-enterro para famílias carentes.
Outros Cemitérios
A cidade conta ainda com três cemitérios comunitários, no Distrito de Novo Horizonte e nos setores Monte Sinai e Barros. No entanto, eles nasceram em áreas irregulares e hoje passam por processos judiciais para regularização.
Auxílio-enterro
A prefeitura disse que hoje cerca de 10 falecidos recebem auxílios mensalmente, como urna funerária e enterro gratuito em áreas públicas no Cemitério São Lázaro e Jardim das Paineiras. Ao longo dos anos, esses sepultamentos levaram ao uso total das propriedades do Município.
No modelo de cremação, o velório domiciliar será mantido com a oferta do caixão para a família pela Fundação de Atividade Municipal Comunitária (Funamc). Depois do velório, a fundação doará também uma urna de madeira, oval ou quadrada, para armazenamento da cremação em local que os parentes preferirem.
A cremação
O processo de cremação incinera de forma rápida e higiênica, por meio de equipamentos de alta tecnologia projetados exclusivamente para esse fim, o corpo juntamente com a urna. Em Araguaína, a cremação será realizada por crematório especializado no Cemitério Jardim das Paineiras.
Jogar no mar. Colocar sob uma árvore. Levar para a fazenda ou deixar as águas de um rio levarem. Esses são alguns dos destinos preferidos dados por familiares às cinzas de entes queridos cremados em cemitérios públicos do Brasil.
