Presidido por Oswaldo Stival Júnior, tio do deputado estadual e candidato a prefeito de Araguaína Olyntho Neto (PSDB), o Sindicarnes (Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins) deve divulgar, nesta segunda-feira, 26 de setembro, pesquisa com intenção de votos sobre a disputa eleitoral do município. Irmão da mãe de Olyntho, Lucila Stival Oliveira, o presidente do sindicato também é filiado ao PSDB, mesmo partido do sobrinho.
Conforme o registro da pesquisa eleitoral, foram 600 entrevistas realizadas entre os dias 22 de setembro e 25 de setembro. A empresa contratada pelo sindicato foi a Delta Agência de Pesquisa, de Rio Branco (AC), pelo valor de R$ 20 mil.
Além do parentesco e companheirismo de partido do presidente da entidade que contratou a pesquisa com o candidato Olyntho Neto, a pergunta 5 do questionário aplicado aos eleitores de Araguaína favorece diretamente o tucano: "Em sua opinião, qual candidato representa o novo na disputada para o cargo de prefeito de Araguaína?". Em toda a sua campanha, Olyntho vem se colocando como novidade na política, inclusive o nome de sua coligação é "O Novo Tem Força".
Para complicar, ainda há a ordem dos candidatos no questionário: Valderez; Olyntho; Ronaldo Dimas; Professor Mayst Maia; Ely do Pró-Vida; Paulo Roberto e Charles Pitta. Essa ordem não obedece nem o critério alfabético e nem o de número na urna de menor para o maior, como geralmente são feitas as pesquisas eleitorais.
Detalhes
Oswaldo Stival também é vice-presidente da Fieto (Federação das Indústrias do Estado do Tocantins), entidade que já contratou pesquisa eleitoral com resultados muito prejudiciais ao prefeito e candidato a reeleição pela coligação "Araguaína Sem Parar", Ronaldo Dimas (PR), e bastante diferente da maioria das pesquisas realizadas na cidade.
Além disso, a divulgação da pesquisa do Sindicarnes ocorre poucos dias depois de o candidato Olyntho Neto levar a própria mãe para a sua propaganda eleitoral na televisão, numa tentativa de se vitimizar, diante de processos aos quais respondem na Justiça.