O ex-governador Siqueira Campos (DEM) reagiu com indignação às denúncias de corrupção feitas pelo Ministério Público Federal e publicadas pela imprensa no Tocantins. Para Siqueira, trata-se de uma “trama diabólica” envolvendo seu nome. O político demonstra confiança de ficar livre das acusações.
Siqueira se refere a revelações da Operação Ápia da Polícia Federal, que atingiu vários políticos e empresários no Tocantins. Também culminou na delação do empreiteiro Rossine Guimarães Aires, que inclusive menciona o ex-governador Marcelo Miranda (MDB), que está preso há dois meses.
Rossine também disse, em delação premiada na Ápia, que pagou R$ 2,5 milhões para o ex-vice-governador João Oliveira renunciar antes de Siqueira Campos, no ano de 2014. Diante da dupla renúncia, o presidente da Assembleia daquela época, Sandoval Cardoso, assumiu o Governo e foi candidato à reeleição.
As denúncias do MPF citam Siqueira, Eduardo Siqueira e o ex-vice governador João Oliveira. Além dos empresários Rossine (CTR Construções), Jota Batista, Geraldo Magela e Levi Batista (Barra Grande) e Marcus Vinicius Lima (MVL). E Francisco Antelius, da Epeng (Empresa Projetos de Engenharia).
O ex-governador reagiu com indignação às informações divulgadas pela imprensa recentemente. Em nota, Siqueira Campos diz ser uma trama diabólica, afirma não ter sido respeitado a presunção de inocência e mencionou as vitórias obtidas no judiciário.
Nota
"O ex-governador Siqueira Campos só tomou conhecimento de que existe essa nova denúncia do MPF através da imprensa, que ao cumprir seu papel, recebeu conteúdo necessário para produzir matéria, sem que ele tenha tido a mesma oportunidade, para que possa exercer a sua defesa, pois sequer foi citado e nem teve acesso aos autos. Um fato que inverte a lógica da presunção de inocência prevista na Constituição Federal.
Aos 91 de idade, o ex-governador Siqueira Campos lamenta essa trama diabólica que envolve o seu nome, depois de uma vida inteira dedicada ao Tocantins. Em todos os casos, o ex- governador vem obtendo seguidas absolvições e não será diferente agora".
