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"Sou contra ficar em casa vendo o filho passar fome," desabafa empresário de Araguaína

O povo só quer trabalhar para defender o pão de cada dia", justificou o empresário.

Empresário demonstra revolta com fechamento do comércio
Foto: Reprodução/Vídeo

Após receber a notícia que a Justiça suspendeu o decreto municipal que permitia a reabertura do comércio de Araguaína, em meio à pandemia do coronavírus, um empresário do ramo de autopeças gravou um vídeo fazendo um desabafo diante da crise econômica que já afeta seu negócio.

"Como vou mandar 22 funcionários para casa? E quando faltar o que comer? Sou contra ficar em casa vendo televisão, tendo depressão e vendo o filho passar fome. Isso não está certo. Queremos trabalhar", disparou Júnior da Potiguar.

Em entrevista ao AF Notícias, o empresário disse que adotou dentro da sua empresa as medidas preventivas recomendadas para evitar o contágio do coronavírus, como manter distância mínima entre pessoas/funcionários e usar álcool em gel com frequência. Por isso, ele argumenta que é possível, sim, deixar o comércio aberto sem trazer risco à saúde pública. 

Em decisão liminar, na manhã desta quinta-feira (2), o juiz Sérgio Aparecido Paio, da 1º Vara da Fazenda de Registros Públicos de Araguaína, acatou uma ação da Defensoria Pública do Estado e suspendeu o decreto nº 214 que flexibilizou o isolamento social e permitiu a reabertura do comércio.

Em vídeo que viralizou nas redes sociais, o empresário criticou as autoridades que são favoráveis ao fechamento do comércio por não dependerem de salário mínimo para sustentar a família.

"Fechar é a coisa mais fácil. Agora eu quero vê é homem para abrir com as despesas que tem para pagar. O povo só quer trabalhar para defender o pão de cada dia", desabafou.