O resultado das eleições para vereador geralmente causa confusão na cabeça do eleitor. Isso porque os candidatos eleitos nem sempre são aqueles que receberam o maior número de votos. A situação é decorrente do sistema proporcional, adotado pelo Brasil para eleger vereadores e deputados.
No caso da eleição em Araguaína, 13 candidatos foram mais votados que o vereador eleito com menor número de votos.
Abraão, do Cidadania, foi eleito com 711 votos, o menor número entre os eleitos. Contudo, candidatados como Israel da Terezona (Podemos), que recebeu quase o dobro de votos (1.310) não foi eleito e ficou na suplência.
Outra curiosidade é que os candidatos Dr Claudivan (PRTB) com 1142 votos, Bismarque do Movimento (PT) com 1040 votos e Josival Correia (Avante) com 720 votos, não foram eleitos nem ficaram na suplência.
Suplentes mais votados
Abaixo, segue os candidatos a vereador que tiveram mais votos que Abraão e ficaram na suplência. A lista tem seis candidatos que não se reelegeram.
1. Israel da Terezona (PODE) - 1.310 votos -Não se reelegeu
2. Gilmar da Auto Escola (PSD) - 1.218 votos -Não se reelegeu
3. Claudiel Santos (SD) - 908 votos
4. Divino Bethania Jr (PSL) - 891 votos -Não se reelegeu
5. Leonardo Lima (SD) - 797 votos -Não se reelegeu
6. Wagner Enoque (SD) – 792 votos -Não se reelegeu
7. Robert Delmondes (PSC) – 763 votos
8. Orivan (PP) – 756 votos
9. Jarbinha Abudd (PODE) – 752 votos
10. Carlos Silva (PSL) – 738 votos -Não se reelegeu
11. Silvano do Picolé – 725 votos
12. Ricardo JM (PROS) – 723 votos
13. Jean Frederico (PODE) – 715 votos
Eleitos
Na outra ponta, entra doze vereadores eleitos que tiveram menos votos que o suplente mais votado, Israel da Terezona. O número varia de 1.259 a 711.
1. Flávio Cabanas (PTB) 1.259
2. Luciano Santana (SD) 1.210
3. Marcus do Restaurante (SD) 1.179
4. Sargento Jorge Carneiro (Pros) 1.123
5. Geraldo Silva (MDB) 975 — reeleito
6. Soldado Alcivan (PP) 972 — reeleito
7. Thiago Costa (PSDB) 958
8. Fraudneis Fiomare (PSC) 921
9. Ygor Cortez (PV) 811
10. Wilson Carvalho (PROS) 775
11. Edimar Leandro (MDB) 768 — reeleito
12. Abraão (CIDADANIA) 711
Reforma eleitoral
As eleições deste ano para uma das vagas nas câmaras municipais teve uma mudança: o fim das coligações nas disputadas proporcionais. Se antes os partidos podiam se coligar para eleger o maior número de representantes, com a minirreforma eleitoral aprovada em 2017, cada candidato a vereador teve que conseguir o maior número de votos dentro do próprio partido para poder se eleger.
Embora o modelo pareça confuso, para especialistas, o sistema proporcional evita o chamado “efeito Tiririca”, em que concorrentes mais fortes e bastante votados acabavam elegendo, de carona, candidatos que tinham recebido poucos votos e de partidos menores, que não teriam condições mínimas de entrar na Câmara.
A justificativa para o modelo utilizado nestas eleições é de possibilitar pluralidade nas câmaras municipais.