João Soares Rocha é apontado como chefe da quadrilha

O homem preso nesta quinta-feira (21) acusado pela Polícia Federal de ser chefe da quadrilha de tráfico internacional de drogas alvo da operação Flak foi pioneiro no mercado de extração de madeira no Pará. Informações apuradas pelo G1 revelam que João Soares Rocha atuava, inclusive, em terras indígenas no estado.

O advogado dele disse que o cliente exerce atividade lícita e tem residência fixa. Afirmou ainda que aguarda para ter conhecimento dos autos e se manifestar a respeito. Rocha está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Ao todo, agentes cumprem 55 mandados de prisão contra envolvidos no esquema. Até às 17h o balnaço da PF apontava que 28 pessoas já tinham sido presas.

João Soares Rocha é empresário e dono de fazendas, aviões, postos de combustíveis e até um hangar. Ele tinha negócios em Goiás e no Pará. Segundo a PF, o grupo chefiado por ele utilizava pistas de pouso em Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, como ponto de apoio para movimentar as drogas.

João Soares da Rocha foi preso nesta quinta-feira (21) e atualmente morava em uma chácara. Rocha atuou como empresário nas cidades de Tucumã, onde foi preso, São Felix do Xingu e Ourilândia do Norte e também era articulador do processo de revenda da madeira para outros centros no país.

Os negócios dele também envolviam criação de gado. O depoimento de Rocha foi na sede da Polícia Federal de Palmas. Depois ele foi levado para a Casa de Prisão Provisória da capital.

O suposto chefe da quadrilha é tio do piloto Felipe Rocha Reis, que morreu em Goiânia após uma queda de avião no Pará. O pai de Felipe, Evandro Geraldo Rocha dos Reis também morreu no acidente. O caso teve grande repercussão. Os dois também foram citados pela PF como membros da quadrilha

Ainda segundo as investigações, o esquema teria ligações com traficantes como Fernandinho Beira-Mar e também Leonardo Dias Mendonça, que estava preso em Aparecida de Goiânia, mas ganhou progressão para o regime semiaberto.

Aviões adulterados

As aeronaves utilizadas pela quadrilha eram de pequeno porte, mas foram adulteradas para poder reabastecer enquanto voavam e assim ter maior autonomia de voo. As alterações feitas na estrutura dos aviões podem ter causado pelo menos um acidente.

O caso foi em março de 2017, no espaço aéreo da Venezuela. O avião ficou sem combustível e caiu no mar do Caribe cerca de 20 minutos antes de chegar ao destino.

Alguns dos aviões utilizados pelo grupo podem fazer voos de longo alcance, inclusive em rotas intercontinentais, mesmo sem nenhuma alteração. Segundo a PF, em dois anos foram transportadas cerca de 9 toneladas de cocaína.

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