Atualmente, apenas a vacina da Pfizer/Biontech tem autorização da Anvisa para uso em adolescentes de 12 a 17 anos.
Foto: Marcos Sandes/Ascom

Após publicação da Nota Técnica do ministério da Saúde que restringiu a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos, Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins informou que vai seguir a determinação e suspendeu a imunização desse público.

A SES destaca que a partir de agora – até que venham novas recomendações do MS – no Tocantins, a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos, está restrita aos jovens com comorbidades, que apresentem deficiência permanente ou que estejam privados de liberdade”.

Na Nota Técnica n° 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, a secretaria revisa a recomendação e restringe a vacina somente aos adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

Atualmente, a vacina aplicada nesta faixa etária no Tocantins é a Pfizer, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sem segunda dose

Diante da suspensão, os adolescentes sem comorbidades que receberam a primeira dose não devem ter a aplicação da segunda dose. A orientação de interromper a imunização vale também para aqueles com comorbidades que tomaram a primeira dose da AstraZeneca ou CoronaVac.

Apenas os adolescentes com comorbidades imunizados com a Pfizer/BioNTech na primeira dose podem seguir com o processo de imunização e completar o ciclo vacinal, procurando os postos para receber a segunda dose.

Suspensão

A recomendação da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 se baseia em cinco pontos:

  • A Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades;
  • A maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela covid-19 apresentam evolução benigna, apresentando-se assintomáticos ou oligossintomáticos;
  • Somente um imunizante foi avaliado em ECR (Ensaios Clínicos Randomizados);
  • Apesar dos eventos adversos graves decorrentes da vacinação serem raros, sobretudo a ocorrência de miocardite (16 casos a cada um milhão de pessoas que recebem duas doses da vacina);
  • Redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora no cenário epidemiológico.