Uma atividade de educação sexual aplicada numa escola de Araguaína repercutiu durante sessão da Câmara na manhã desta segunda-feira,4. Vereadores, defensores de pautas de costumes, repudiaram o conteúdo ministrado em sala de aula.
A atividade de educação sexual foi aplicada a alunos do 8º ano da Escola Estadual Professor João Batista Alves, em Araguaína. O exercício, aplicado em sala de aula, abordava e explicava tanto o ciclo menstrual da mulher quanto a ereção masculina. Também pedia para que um se colocasse no lugar do outro.
Diante disso, o vereador Terciliano Gomes usou a Tribuna da Câmara para protestar contra a aplicação da atividade na escola e considerou ser uma “aberração”. Ele justificou que seu posicionamento contra a atividade é por ser ele um defensor da “instituição família”.
"Não abro mão que a formação moral, religiosa e sexual dos meus filhos pertença a mim, à minha esposa, e não ao Estado. Me deixa indignado. […] Ou nós temos um posicionamento de defender a instituição família, para não permitir determinadas questões, ou vamos nos calar e depois vamos estar arrependidos amargamente".
Já o vereador Ygor Cortez (PV) chegou a pedir o afastamento do responsável pelo exercício aplicado em sala de aula. “Aberração, vergonha. O professor tem que ser repreendido e retirado, porque não tem capacidade de cuidar de crianças. Isto não é grade curricular de escola alguma”. Protestou Ygor Cortez.
Em nota à imprensa, a Seduc (Secretaria Estadual de Educação) admitiu que o exercício em questão foi ministrado na escola estadual de Araguaína. Contudo, ressalta que o mesmo “não está de acordo com a perspectiva científica dos documentos curriculares”.
“O que conflita com as diretrizes pedagógicas utilizadas nas escolas da rede estadual”, argumenta. A Seduc informou ainda já ter aberto um procedimento investigativo preliminar para apuração de responsabilidades
Leia a íntegra da nota da Seduc:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que a proposta da professora não está de acordo com a perspectiva científica dos documentos curriculares, o que conflita com as diretrizes pedagógicas utilizadas nas escolas da rede estadual.
Ao tomar conhecimento desses acontecimentos, a Seduc agiu prontamente e abriu um procedimento investigativo preliminar para apuração de responsabilidades. Após a conclusão deste relatório preliminar, o caso será encaminhado à Corregedoria Geral do Estado para que seja convertido em uma sindicância decisória.
(Com informações do CT)