Uma professora foi morta e outras quatro pessoas ficaram feridas.
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 Um adolescente de 13 anos esfaqueou um aluno e quatro professores, na manhã desta segunda-feira (27/3), em uma escola na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. O atentado ocorreu por volta das 7h20, de acordo com a Polícia Militar. 

Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança instaladas dentro das salas de aula.  A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu na sala de aula após ser golpeada pelas costas. Outras três educadoras e um aluno também ficaram feridos, mas passam bem. Um segundo estudante recebeu atendimento, após ficar em estado de choque.

A tragédia não foi pior porque o adolescente foi imobilizado e desarmado por uma professora de Educação Física.

Até o início da noite, a Polícia Civil de São Paulo ouviu 32 testemunhas, entre educadores e alunos, que estavam presentes durante o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro. O autor, um estudante de 13 anos, foi o último a ser ouvido.

Ele foi frio, bem frio, e não demonstrou emoção”, disse o delegado Marcos Vinicius Reis, sobre a postura do rapaz durante o depoimento.

Durante uma busca na residência do adolescente, a Polícia Civil encontrou uma arma de air soft, máscaras parecidas com a que ele utilizou durante o ataque e manuscritos feitos pelo próprio rapaz, no qual ele admite que já planejava o ataque há muito tempo.

Ele passou todas as informações de maneira pormenorizada, admitiu os fatos. As imagens são fortes”, afirma o delegado. Com base nos vídeos e no depoimento dado pelo adolescente, segundo ele, configuram homicídio consumado e tentado. “O caso tá esclarecido.”

Imagens de câmera de segurança mostraram aluno de 13 anos atacando professora de 71 anos com faca.

Segundo Reis, a investigação agora busca descobrir “o que aconteceu antes e o que motivou” o ataque. Além de apurar as redes sociais do rapaz, a polícia tenta entender também se ele teve algum tipo de apoio ou instigação para o crime.

O adolescente saiu por volta das 18h30 do 34.⁰ DP e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal da zona oeste. De lá, ele seguiu para o Juizado da Infância e da Juventude, antes de ir para uma unidade da Fundação Casa. “Esperamos que ele permaneça apreendido”, disse Reis. (Com informações Estadão)