Após uma intensa agenda política e institucional do prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) em Araguaína e região, no último fim de semana, veio à tona uma denúncia de que o pré-candidato ao governo do Estado está utilizando uma aeronave que pertence a um empreiteiro investigado na Operação Ápia, da Polícia Federal.
Documentos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o bimotor está registrado em nome de Rodrigo Siqueira Nogueira, que é primo do ex-presidente da Agetrans, Kaká Nogueira, cunhado do ex-governador Sandoval Cardoso. Káká e Sandoval ficaram presos por vários dias.
A aeronave está registrada na Anac na categoria "serviços aéreos privados".
A denúncia revelou ainda que uma das empresas do empreiteiro, a RSN Logística, Locação e Serviços de Máquinas e Equipamentos Ltda, possui contrato de R$ 7,7 milhões junto à Prefeitura de Palmas. Há também outros contratos firmados com a empresa.
O empreiteiro é um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias no Tocantins, envolvendo pelo menos 7 empreiteiras que receberam R$ 1,2 bilhão do BNDES. O desvio pode alcançar R$ 200 milhões, conforme os investigadores. O empreiteiro chegou a ter bens sequestrados.
Logo na chegada a Araguaína, Amastha voltou a chamar os políticos de "vagabundos" e defendeu a prisão dos corruptos. "Quem não é honesto deveria estar na cadeia. Tanto político vagabundo, corrupto", afirmou Amastha com veemência à imprensa.
O outro ladoO advogado do prefeito, Leandro Manzano afirmou ao AF que a aeronave é locada pelo partido, o PSB, e enviará nota explicando a situação. A reportagem solicitou informações da prefeitura de Palmas sobre os contratos com a empresa do empreiteiro, mas não obteve resposta.
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