Está fazendo aniversário de doze anos a última vez que o Brasil precisou recorrer ao Fundo Monetário Internacional. Na gestão do Ministro Pedro Malan, na Fazenda, no governo Fernando Henrique, o País anunciou oficialmente em 8 de agosto de 2002 que havia acabado de assinar um pacote de US$ 30 bilhões de empréstimo junto ao fundo. Não fora a primeira vez naquela administração. Em 11 de novembro de 1998, também com FHC-Malan, o Brasil fechou um acordo para poder sacar do Fundo o bagatela de US$ 20 bilhões nos três subsequentes à assinatura.

Outros US$ 32 bilhões ficaram disponíveis para serem sacados no ano de 1999. Marcado para ser encerrado em novembro de 2001, o acordo com o FMI foi prorrogado pelo governo às vésperas de seu encerramento. Assim, o País tomou emprestado mais US$ 15 bilhões, pagando juros de 4,5% ao por por 25% desse dinheiro e fortes 7,5% pelo restante. Àquela altura, o Brasil já lançava mão de uma soma equivalente a 400% de sua cota no próprio FMI.

Ainda assim, todos os empréstimos do Fundo se mostraram, para a equipe econômica, insuficientes para garantir estabilidade econômica ao País. Em junho de 2002, por exemplo, houve um saque de US$ 10 bilhões junto ao Fundo, além de ser estabelecida uma redução de garantias de reservas a serem apresentadas pelo Brasil. O mínimo de US$ 20 bilhões em caixa para tomar empréstimos foi reduzido para US$ 15 para facilitar novas operações. A dependência dos recursos do Fundo estava explícita.

Em agosto de 2002, uma última linha de crédito foi tomada, de US$ 30 bilhões, completando a terceira ida do País ao FMI nos dois anos de gestão de FHC na Presidência e de Pedro Malan na Fazenda. A obtenção desse dinheiro foi apresentada como uma necessidade em razão da volalitidade ampliada pela disputa eleitoral daquele ano, entre Lula, do PT, e José Serra, do PSDB. Logo após a assinatura, o Brasil precisou fazer novo saque bilionário.

No governo Lula, logo em abril, o Brasil pagou US$ 4,2 bilhões ao FMI, adiantando a parcela de quitação dos recursos tomados no ano anterior. Depois desse movimento, o País não precisou recorrer novamente ao Fundo. Bem ao contrário. Em outubro de 2009, mais precisamente no dia 6, o ministro Mantega e o então diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Khan, anunciaram uma importante troca de posições.

Agora, era o Brasil que emprestava US$ 10 bilhões ao Fundo. Àquela altura, as reservas internacionais brasileiras já chegavam á casa dos US$ 220 bilhões. Em 2011, já no governo Dilma Rousseff, mais uma vez o Brasil foi procurado pelo Fundo para ficar de prontidão em relação à necessidade de um novo empréstimo. Outra vez, por solicitação do FMI.

Doze anos depois da última ida ao Fundo, o País tem uma posição considerada bastante sólidas em termos de reservas internacionais. Com todas as obrigações pagas junto ao FMI, o Brasil conta, em 6 de agosto, com um total de US$ 379,44 bilhões de dólares. Uma soma que descarta quaisquer ilações sobre um possível pedido de ajuda para fechar contas, como acontecia às vésperas da derradeira ida ao Fundo.

Tempo de Candidato
Marcelo Miranda  7"42"" coligação
Ataídes Oliveira Tempo em Minutos SS, kkk, lll,,ooo,,çç