Pela primeira vez na disputa e numa campanha quase solitária, o ex-juiz Márlon Reis foi a revelação da eleição suplementar do Tocantins, ao conquistar 56.759 votos. Porém, em pouco tempo, o autor da Ficha Limpa e pregador da nova forma de fazer política, teve de se aliar aos caciques tradicionais. Sua aliança com sete partidos fez ele perder quase dez mil votos.
Márlon selou aliança com o PT, refugado por Amastha, e cedeu uma vaga de candidato ao senado para Paulo Mourão (PT). Já a outra, foi cedida à tradicional família Abreu, mais especificamente a Irajá Abreu (PSD). Já o vice foi escolhido o ex-deputado José Geraldo (PTB).
Segundo Málon, as alianças foram necessárias para formar um grupo forte e com reais chances de disputar. Ao todo, sete partidos (PRTB, PDT, PSD, PV, PT, PCdoB e PTB) se aliaram à Rede, de Márlon Reis.
As alianças foram benéficas aos que chegaram. Célio Moura, refugado por Amastha, conseguiu se eleger deputado estadual. Além dele, Irajá Abreu conseguiu a vaga a segunda vaga no Senado. Zé Roberto do PT também foi reeleito deputado estadual. A vice-governadora cassada Cláudia Lélis também ganhou vantagem e conseguiu se eleger como deputada estadual.
Contudo, em termos de respaldo popular, Márlon saiu prejudicado, pois sua votação despencou. Na suplementar, ele conquistou 9,99%(56.759 votos) e agora, 6,68% ( 47.046), uma perda de quase dez mil votos.