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Após seis anos, PM envolvido em acidente que tirou a vida de casal vai a júri popular em Araguaína

As vítimas são Brenda Miranda Lima Ferreira (23 anos) e Lucas Alberto Rocha (25 anos), que morreram no dia 1º de janeiro de 2017, após o acidente na BR-153.

À esquerda policial Sanyo e, à direita, casal Brenda e Lucas.

Passados seis anos, o policial militar acusado de atropelar e matar um casal na BR-153  em Araguaína vai a Júri Popular. Além deste caso de grande repercussão, outros cinco processos de crimes doloso contra a vida serão julgados na 4ª temporada do Júri de Araguaína, que inicia nesta terça-feira (20) e segue até 6 de julho.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), no próximo dia 6 de julho o sargento da Polícia Militar, Sanyo Oliveira Silva, 46 anos, estará sentado no banco dos réus e vai enfrentar o Júri Popular. Ele é acusado de atropelar e matar o casal Brenda Miranda Lima Ferreira (23 anos) e Lucas Alberto Rocha (25 anos), na BR-153 em Araguaína.

O acidente ocorreu no dia 1º de janeiro de 2017 e o policial responde ao processo em liberdade. O casal trafegava pela BR-153, nas imediações do setor Nova Araguaína, quando o carro do PM atropelou a moto em que casal estava e a arrastou por vários metros.

Os dois ficaram gravemente feridos, foram socorridos, mas morreram no Hospital Regional de Araguaína (HRA). Na época, o caso gerou comoção na cidade e a família das vítimas cobrou por justiça, mas o militar respondia ao processo em liberdade.

Na ocasião, a perícia constatou que o veículo do policial Sanyo trafegava a 111 km/h no local em que a velocidade máxima permitida era de 30km/h. Testemunhas relataram que antes do acidente o PM estava bebendo e visivelmente alcoolizado. Ele também sacou a arma e atirou para cima para afugentar os curiosos do acidente, segundo testemunhas.

O PM Sanyo Oliveira Silva foi denunciado pelo Ministério Público por lesão corporal, embriaguez ao volante e disparo de arma de fogo.  A primeira audiência sobre o caso ocorreu em setembro de 2017, quando ao menos 15 pessoas foram ouvidas pela Justiça.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do PM, mas o espaço se encontra aberto para a manifestação da parte citada.

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