Jovem chegou a ser levado ao Hospital, mas morreu após dar entrada.

Após uma trégua de quase 30 dias sem homicídios, Araguaína registrou 8 mortes violentas nos primeiros dez dias do mês de outubro. Todas por ferimentos de arma de fogo, sendo em um dos casos, dois acabaram mortos numa intervenção policial. Segundo a Polícia, a maioria das vítimas tinha envolvimento com tráfico de drogas.

O primeiro caso ocorreu logo no 2º dia do mês, quando o corpo de um jovem de 22 anos foi encontrado num terreno baldio, no setor Nova Araguaína. Ele tinha marcas de tiros nas costas e na cabeça.

Já no dia 4, dois homens, um de 22 e outro de 28, foram executados a tiros na Feirinha. Ambos tinham passagens por tráfico de drogas e roubo. Dois dias depois, chamou a atenção a morte de uma adolescente de 15 anos executada numa "boca de fumo", no setor Coimbra.

O sábado (7) foi o mais sangrento com três mortes. Dois assaltantes trocaram tiros com a Força Tática na BR-153 durante a madrugada e acabaram mortos. Inclusive, um deles foi reconhecido como sendo integrante da quadrilha que assaltou o Bradesco de Tocantinópolis neste mês.

Ainda no sábado, por volta de 21h45, um homem de 31 anos foi morto quando andava de bicicleta pelo setor Itaipu. Ele havia deixado a prisão há pouco mais de seis meses. A última morte foi registrada na segunda-feira (9), quando um jovem de 23 anos foi assassinado dentro da própria casa na Vila Couto. Ao lado do corpo foi encontrado uma porção de droga.

Delegacia de Homicídios

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, José Rerisson Macedo Gomes, inquéritos foram instaurados para apurar os fatos. Ele ressalta que os crimes de homicídio, tipicamente conhecidos como "execuções" têm ligações com o tráfico de drogas. Boa parte praticado por integrantes de facções criminosas, em possíveis acertos de contas.

"Estão instaladas dentro dos presídios em Araguaína, como no resto do Brasil as facções do PCC e do Comando Vermelho. Eles têm temporadas de paz e de guerra, brigam pelo espaço de drogas. Daí essas mortes".

O delegado ponderou que nem todos os crimes podem ser generalizados, já que os motivos são inúmeros e as investigações é que irão apontar o motivo real.

"Podem ter tidos outros sinistros, por alguma outra razão que não o envolvimento com o tráfico de drogas. Por isso existem os inquéritos que estão sendo conduzidos com muita maturidade para que possamos chegar a elucidação desses crimes", conclui Rérisson.

(Colaborou, Ramila Macedo)