A terceira fase da operação "Cinderela" deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (3) prendeu mais quatro integrantes de uma organização criminosa que praticava crimes de extorsão mediante sequestro de funcionários de bancos de Araguaína e Anápolis (GO).

Os delegados Alan Reis de Almeida, Cleyber Malta e Orlando Neves deram coletiva de imprensa na sede da PF de Araguaína. O delegado Alan Reis destacou que é grande o número de assaltantes de banco na cidade. "Araguaína está virando um ninho de assaltantes de banco. Esta já é a terceira operação que deflagramos [este ano], onde a gente prende assaltantes de banco que moram em Araguaína e executa crimes em outros estados" frisou.

De acordo com o delegado, as investigações da operação Cinderela iniciaram depois de um crime de extorsão mediante sequestro de um funcionário do Basa de Araguaína, ocorrido no dia 9 de agosto deste ano. A PF conseguiu identificar o grupo e percebeu que eles estavam se deslocando para Anápolis.

Atuação dos criminosos

Na cidade goiana, eles praticaram o mesmo crime, atuando da seguinte forma: invadiram a casa do gerente do Bradesco à noite e mantiveram a família em cárcere privado. Pela manhã, os familiares eram levados para um cativeiro e gerente obrigado a ir até agência atrás de dinheiro para pagar o resgate.

No caso de Anápolis, o gerente pagou R$ 600 mil, mas a PF conseguiu resgatar R$ 560 mil. Na primeira fase da operação, a PF em parceria com a PM goiana também conseguiu prender seis integrantes, identificados como os "cabeças" da quadrilha. Estima-se que eles tenham movimentado cerca de 1 milhão de reais com pagamentos de resgate.

Conforme  a PF, a organização tinha um porte de 14 criminosos. "Era um grupo bem articulado. Fazia todo um estudo prévio da vida do gerente e da família" afirmou delegado Malta. Outra marca do grupo era "assinatura com uso de um artefato no peito da vítima" explicou o delegado.

Presos em Araguaína

Nesta terceira fase foram presos quatro executores, moradores de Araguaína e um em Ananás. Segundo o delegado Alan Reis, os assaltantes não tinham preocupação em fazer a lavagem do dinheiro nem em ostentar patrimônio. "Eles repartiam e cada um seguia sua vida. Só um dos líderes foi constato um patrimônio. Ele tinha uma farmácia em Araguaína e um escritório de contabilidade em outra cidade" declarou.

Durante as investigações também foi constatado relação com o tráfico de drogas. Nas prisões de hoje, três foram flagrados com drogas. A Polícia apreendeu cocaína, uma balança de precisão e duas armas. "Pode ser que haja mais etapas, a depender das investigações", finalizou o delegado Malta.

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