O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) venceu o principal adversário, Ronaldo Dimas (PL), logo no primeiro turno e com uma diferença de 35 pontos. Com 481.496 votos (58,14%), contra 22,50% de Dimas, Wanderlei se tornou o governador mais bem votado da história do Tocantins.

 

Além da vitória em primeiro turno com folga, o grupo de Wanderlei também conquistou seis das oito vagas na Câmara Federal. Elegeu Toinho Andrade (Republicanos), Vicentinho Júnior (PP), Alexandre Guimarães (Republicanos), Carlos Gaguim (UB),  Ricardo Ayres (Republicanos) e Lázaro Botelho (PP). Desta vez, nenhum candidata mulher conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados. 

 

 

Ronaldo Dimas, que na pré-candidatura chegou a liderar pesquisas de intenção de voto, na eleição conquistou 22,50% dos votos válidos.  Além disso, o seu grupo político conquistou apenas duas vagas na Câmara Federal, elegendo Eli Borges e Filipe Martins, ambos do PL. 

 

Sem vencer o pleito, Dimas ainda viu o filho Tiago Dimas perder a reeleição de deputado federal, que na eleição de 2018 foi o mais bem votado do Estado. Obteve 71.842 e, quatro anos depois, conquistou 42.970 votos. E quem retornou à Câmara Federal foi o adversário do grupo de Dimas, Lázaro Botelho.

 

O petista histórico de Araguaína, Célio Moura, que foi eleito deputado federal em 2018, desta vez ficou de fora. Apesar disso, a segunda vaga de Araguaína ficou com Alexandre Guimarães (Republicanos), que conquistou 54.703 votos. Ambas vagas de Araguaína são também do grupo de Wanderlei. 

 

 

Neste pleito, três famílias tradicionais da política do Tocantins não conquistaram cargos eletivos. Kátia Abreu disputou o Senado, teve 18,50% dos votos válidos,  e a adversária Dorinha Seabra conquistou a vaga, com 50,42%.

 

O ex-governador Marcelo Miranda, que disputou a Assembleia, conquistou apenas 3.593 votos e perdeu uma eleição pela primeira vez. A esposa, Dulce Miranda, disputou a Câmara Federal e não conseguiu se reeleger deputada federal.  Caso semelhante, é da familia Dimas que o pai e nem o filho se elegeram nesta eleição. 

 

Dos oito eleitos, todos são homens e a última bancada federal composta só de homens havia sido eleita há mais de 24 anos. Em 1994, a primeira deputada federal eleita pelo Estado foi Dolores Nunes. Em 2002, foi a vez de Kátia Abreu, em 2006 de Nilmar Ruiz e em 2010 de Dorinha.

Em 2014 foi eleito o maior número de mulheres: Dulce Miranda, Dorinha e Josi Nunes. Em 2018, duas delas permaneceram na Câmara, Dorinha e Dulce. Nesta eleição, a deputada federal Dorinha foi eleita Senadora.