Impactados pelas chuvas, ribeirinhos de Miracema do Tocantins colhem prejuízos com as enchentes. Na região da cidade atingida pela cheia do Rio Tocantins, as casas continuam alagadas e a prefeitura decretou situação de emergência.

Em algumas propriedades, produtores que plantam para a própria subsistência, estão nadando em meio à plantação para colher milho. A produtora Maria Aparecida lamenta a situação.  

“[Colher], só nadando. E é fundo, perigoso, me sinto muito triste, muito encabulada. Tô ruim demais”.

O governador esteve nesta terça-feira visitando a cidade, onde juntamente com equipes do Corpo de Bombeiros vistoriou a região de barco.

"Tivemos chuvas intensas, mas são fenômenos naturais, temos que respeitar.  São situações que a gente não tinha previsão de acontecer, da maneira que aconteceu”. Disse Wanderlei Barbosa.

A expectativa é quando toda essa água vai embora. Conforme monitoramento da Defesa Civil, até esta segunda-feira (27) nível do Rio Tocantins já tinha baixado cerca de 30 cm.  

O diretor executivo da Defesa Civil Estadual, major Alex Matos Fernandes, destacou que o órgão monitora a vazão dos rios e das hidrelétricas durante todo o dia.

“Nas últimas horas, nós observamos que o volume do rio e a vazão das hidrelétricas estão estáveis. Aqui em Miracema, foi percebida também uma diminuição no volume e nós esperamos que, nos próximos dias, as coisas voltem à normalidade”, informou.

Além de Miracema, os municípios de Paranã, Dueré, Peixe e Ipureiras (sul do estado) sofrem com as enchentes.

De acordo com o governo, até o momento, 78 pessoas dessas cidades precisaram ser retiradas de suas casas e levadas para alojamentos temporários ou casas de parentes, como medida de segurança.