Após anúncio de que em breve os municípios tocantinenses receberão a Caravana da Diversidade Sexual em escolas, o deputado Eli Borges (PROS) criticou Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado (Seciju) nesta terça-feira (8) pela realização do programa em parceria com a Seduc.
De acordo com Seciju, o projeto pretende combater o preconceito à orientação sexual no ambiente escolar. "Dialogar com pais, professores e demais integrantes de equipes pedagógicas de escolas estaduais para desmitificar o preconceito quanto à orientação sexual de cada indivíduo", justificou o idealizador do projeto Ricardo Ribeirinha.
Entretanto, Eli afirmou que a iniciativa desrespeita o Plano Estadual de Educação, que excluiu de seu texto o tema "ideologia de gênero". O parlamentar disse que vai apresentar à secretaria requerimento de informações sobre o público-alvo e o custo do projeto aos cofres públicos.
"Jamais aprovei qualquer medida para discriminar ninguém, mas as leis devem ser respeitadas. Escola é lugar de todos e precisa de isenção, não de ativistas. A sexualidade deve ser tratada como conteúdo de Biologia e em respeito às faixas etárias, não como ideologia de gênero para crianças que não sabem discernir o que é mandamento, sugestão ou orientação", completou o parlamentar.
Eli reafirmou ainda sua posição em defesa da família tradicional. Para ele, há "mais ?cristofobia? e ?heterofobia? nas ruas do que homofobia. "Não vejo religiosos pregarem agressão a homossexuais", afirmou Borges, que encerrou seu discurso com um pedido de que cada um viva "a própria intimidade como queira, desde que em sua intimidade".
Sobre o projetoSegundo o governo do Estado, o objetivo da Semana da Diversidade Sexual é priorizar as temáticas de sexualidade e de gênero e proporcionar espaços de discussão e conhecimentos sobre as especificidades da população LGBT.
A abertura oficial contou com palestra sobre Direito, Diversidade e as Novas Composições Familiares, ministrada pela especialista em Constitucional e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/TO), Nayara Ayres, que também é membro da Comissão de Direitos Humanos. (Com informações da AL e Seciju)