O portal Araguaína Notícias elencou alguns dos temas mais polêmicos da Reforma da Previdência aos deputados federais do Tocantins e perguntou como votam os parlamentares no projeto de emenda à Constituição que influencia a vida de milhões de pessoas no país. Os questionamentos foram enviados no dia 20 e respondidos ao longo da semana.
Dos oito deputados pelo Tocantins, a metade deles ? as três parlamentares e um parlamentar?apresentou algum posicionamento, enquanto os demais, apesar de confirmarem o recebimento das perguntas não responderam até esta quarta-feira (30).
Tópicos questionadosO AN buscou saber a posição dos parlamentares, se são favoráveis ou contrários à proposta de reforma do presidente Michel Temer. Sobre o que os deputados tocantinenses pensam diante dos temas que vem gerando mais discussões, tanto na Câmara dos Deputados quanto pela sociedade. Como a idade mínima de 65 anos para aposentadoria com no mínimo 25 anos de contribuição, tanto para mulheres quanto para homens.
Os outros tópicos questionados foram a proposição de mudança na regra de cálculo do benefício, que dá direito a aposentadoria integral apenas com 49 anos de contribuição; As novas regras para aposentadoria de trabalhadores rurais ? atualmente se aposentam com 55 anos (mulheres) e 60 (homens) com necessidade de comprovação de 15 anos de trabalho no campo? que passarão a adotar o mesmo regime de idade (65 anos) e tempo de contribuição (25 anos). Por fim, o AN também questionou sobre o fim da acumulação de pensão e aposentadoria.
A peemedebista Dulce Miranda foi a primeira a responder. Preferiu não dar detalhes sobre seu posicionamento e disse apenas que "É preciso salvar a Previdência, mas assegurando o futuro dos trabalhadores".
Já a democrata Professora Dorinha defendeu a necessidade de uma reforma, mas discordou de vários pontos da proposta de Temer. "O texto da PEC ainda precisa ser bastante aprimorado. Há preocupações em diversos pontos como o tratamento dado a várias profissões, em especial a do professor, o profissional do campo, policial e até mesmo a questão da mulher".
A deputada explicou que "as distorções precisam ser corrigidas o próprio período de transição precisa ser remodelado, mas precisamos garantir que os direitos sejam respeitados. A mudança que o país precisa fazer é em vários setores e não somente em cima do trabalhador" declarou.
A peemedebista Josi Nunes também defendeu a necessidade de reforma na previdência e que esta "deve ser progressiva e que sobretudo, garanta os direitos adquiridos pelo trabalhador". A deputada não apresentou posicionamento claro sobre os questionamentos e afirmou que ainda estava analisando a proposta com especialistas. "Estamos estudando minuciosamente cada detalhe desta proposta e pretendemos concluir nossos estudos até a próxima semana. Nossa intenção é fazer um pronunciamento dando um posicionamento sobre cada item da Reforma" declarou.
Por último, único parlamentar homem a responder foi o progressista Lázaro Botelho. Ele também afirmou que ainda estava construindo uma posição, ouvindo especialistas, sindicatos, sociedade, para compreender cada situação e também tem participado de seminários e reuniões técnicas para ter informações reais sobre a situação da previdência.
O PP é líder do governo Temer na Câmara dos Deputados. Segundo Lázaro ele está buscando juntamente com o líder de governo, deputado Agnaldo Ribeiro (PP) e de toda a bancada progressista "articular com o Governo, para que tenhamos um equilíbrio entre a necessidade de sanar as contas da previdência e o direito que todos os trabalhadores têm de se aposentar e viver com dignidade".
Lázaro ressaltou que a matéria ainda está em discussão na Câmara e pode ser modificada. Tanto que no último dia 21 houve a mudança, com a retirada dos servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência.
Não se posicionaramOs deputados federais César Halum (PRB), Vicentinho Jr (PR), Irajá Abreu (PSD) e Carlos Gaguim (PTN) receberam os mesmos questionamentos, sendo confirmados pelas respectivas assessorias, mas não se pronunciaram.