Ação Policial

Discussão por dinheiro levou ao assassinato do empresário Paulo Couto em Araguaína, revela Polícia Civil

2ª DHHP concluiu que José Paulo Couto foi morto por uma mulher após discussão por dinheiro. Irmã da suspeita teria ajudado na ocultação do cadáver.

Delegada Adrinao Aguair Carvalho da 2ª DHPP, dá detalhes sobre as investigações de assassinato de empresário
Foto: Araguaína Notícias

Uma discussão por causa de dinheiro foi o que levou ao assassinato do empresário José Paulo Couto, de 75 anos, em Araguaína. A informação foi revelada em coletiva de imprensa da Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira (16).

 O delegado responsável pelo caso, Adriano Carvalho, apresentou detalhes sobre a investigação que resultou na prisão da principal suspeita, Rejane Mendes da Silva, de 45 anos.

As investigações foram conduzidas pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e apurou que a vítima e a suspeita mantinham um relacionamento extraconjugal.

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​O empresário queria terminar a relação e reduzir um auxílio mensal que pagava a ela, o que teria provocado a discussão.


Não aceitando o fim do relacionamento e consequentemente o dinheiro que ela recebia para as despesas mensais dela, foi iniciada uma discussão, seguida de uma luta, na qual ela se valendo da superioridade corporal, uma mulher jovem de 45 anos, contra um idoso já de 75 anos conseguiu contê-lo, amarrá-lo, e a partir desse momento, pelo o que consta nos laudos da perícia, houve alguns golpes contra o rosto do senhor José Paulo. E por fim, utilizando-se de uma corda, ele acabou sendo enforcado, sendo estrangulado. Na sequência, com uso de uma faca, foram proferidos dois golpes no pescoço da vítima.” Detalhou o delegado Adriano Carvalho.  

O laudo necroscópico apontou que Paulo Couto foi morto por asfixia mecânica por estrangulamento. Ele também sofreu perfurações por faca, fratura no punho e cortes no pescoço, indícios de que tenha sido torturado.

O corpo foi encontrado enrolado em panos e tapetes, debaixo de uma ponte na Avenida Frimar, no dia 10 de julho, um dia após a família registrar o desaparecimento.

Ainda segundo o delegado Adriano, a mulher confessou o crime e relatou que teve a ajuda da irmã, L.M.S, de 43 anos, para ocultar o corpo.

A Polícia Científica participou da perícia no local, e a investigação identificou que, após o crime, R.M.S ainda tentou se desfazer das joias e do celular da vítima. Ela também teria pedido para uma terceira pessoa, que não sabia do assassinato, levar o carro de José Paulo até um terreno baldio, onde o veículo foi abandonado com as placas adulteradas.

A operação foi rápida: em apenas quatro dias, entre a descoberta do corpo e a prisão da suspeita, a Polícia Civil concluiu os principais pontos do inquérito. O delegado Adriano Carvalho destacou o trabalho conjunto das equipes e a resposta rápida ao crime, que causou grande comoção em Araguaína.

O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, também ressaltou que a prisão da principal suspeita demonstra o compromisso da polícia com a segurança da população. O inquérito será finalizado e encaminhado à Justiça no prazo legal.

Na mesma coletiva, as autoridades apresentaram dados sobre a redução de crimes violentos em Araguaína no primeiro semestre deste ano, incluindo queda nos índices de homicídios, estupros e roubos.