Em 2015, Carlesse votou a favor do pacotaço.

Há dois anos e oitos meses, a Assembleia Legislativa empurrava de "guela abaixo" o pacotaço de impostos na população do Tocantins.  Na época, setembro de 2015, dos 24 deputados, 18 votaram a favor da medida e apenas quatro foram contrários.  Entre os favoráveis, estavam Mauro Carlesse, candidato ao governo do estado.

Na época, o pacotaço de imposto impactou diretamente a população do Tocantins, que já enfrentava a grave crise econômica brasileira.  Conforme proposto pelo Governo, aumento no IPVA chegou a dobrar e o ICMS de alguns produtos da agricultura e pecuária saltou de 7% para 12%.  Já o ICMS da gasolina saiu de 25% para 27%.

Agora, às vésperas da eleição suplementar, o governador interino Mauro Carlesse, e candidato a reeleição, defendeu a redução da alíquota do ICMS dos combustíveis. Também, no meio à escassez de combustíveis nos postos, suspendeu as carretas e adotou a caminhada.  Carlesse disse que a mudança foi para demonstrar apoio à greve dos caminhoneiros, que lutam pela queda do preço do diesel.

Nesta sexta-feira, 25, governo do Estado informou que está consultando os poderes acerca da viabilidade de proceder a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel e a gasolina no Tocantins.

Para isso, estão sendo oficiados a Assembleia Legislativa, o Ministério Público Estadual (MPE), o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal de Justiça.

Segundo o Governo, caso haja manifestação positiva, a intenção do Governo do Tocantins é enviar Medida Provisória à Assembleia Legislativa propondo uma redução de 12% na base de cálculo do óleo diesel e da gasolina.