
A pandemia da COVID-19 gerou desemprego em todo o País e fez com que a criatividade e oportunidade começassem a andar juntas.
No Tocantins, Diógenes Oliveira é empreendedor, faz limpeza de vidros em lojas e shopping, mas com o Decreto Municipal Nº 1.859, que determinou medidas de restrição, como a proibição de abertura de lojas não essenciais, viu os lucros da empresa começarem a diminuir. Por isso, resolveu reinventar o negócio, passando a vender máscaras.
“Vi na venda de máscaras uma oportunidade de continuar no mercado, assim, continuo trabalhando e conseguindo rendas extras. Percebo que os desafios não podem nos parar, mas sim, ser impulso para mudanças de atitudes”, contou.
E Oliveira está certo. De acordo com a consultora da Pessoal RH, Carla Cândido, é importante ficar atento as oportunidades que o mercado tem oferecido para revisar o modelo de negócio. “Em momentos de crise, pequenos empresários devem criar produtos e serviços, mesmo diferente dos que estão habituados a vender para continuar funcionando e incluí-los no meio digital. Hoje em dia, não dá mais para imaginar nenhum negócio sem inserção no mundo digital”, explicou a especialista.
A consultora esclareceu, também, que neste momento de crise, a empresa precisa deixar a sua marca. “É necessário que as pessoas enxerguem que estamos atravessando a pandemia com otimismo e não nos deixando abater por essa adversidade. Se nos colocarmos sempre presente nas redes, a marca será lembrada quando tudo isso passar”, concluiu.
Empresas também tem aproveitado a pandemia e investido no serviço delivery e drive thrue. O Capim Dourado, por exemplo, suspendeu as atividades, mas continua com esse tipo de opção em mais de 70 lojas, incluindo sua praça de alimentação. Além dos aplicativos de entrega da cidade, o shopping possui também uma plataforma digital, o app Capim Dourado, que possui todos os telefones dos seus restaurantes.
“Há pessoas que trabalham em casa, mas não tem tempo para cozinhar, porque a agenda segue intensa. Esses serviço delivery, que o shopping oferece vem para ajudar esse cliente”, afirmou o gerente do Capim Dourado Shopping, Diego Goes.
Época de mudanças e reinvenção
Na área do jornalismo, também não tem sido diferente. Com o aumento das demissões em grandes veículos de comunicação do Estado, encontrar novas formas de gerar renda se faz necessário.
“O momento para todos os profissionais é de reinvenção. O trabalho que conhecemos antes da pandemia não será o mesmo. O jornalista hoje está se reinventando, necessitando cada vez mais de conhecimentos tecnológicos para dar conta da exigência desse novo mercado, que vai além das redações dos veículos e assessorias. É preciso capacitar e enxergar os novos nichos de mercado. Estamos em várias frentes, e para quem perdeu o emprego, a hora é de empreender, e no mundo digital um caminho é a criação de conteúdo para aqueles que estão se inserindo no comércio virtual”, orientou a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor/TO), Alessandra Bacelar.