A Polícia Civil do Tocantins informou nesta quarta-feira (20) que concluiu o inquérito da operação Caseus, que investigava esquema de venda de produtos alimentícios inadequados para o consumo em Araguaína.
A investigação foi realizada pela 27ª Delegacia de Polícia Civil de Araguaína, iniciou em 2018 e apontou que alimentos recebiam rótulos irregulares e com data de validade adulterada, sendo posteriormente postos à venda em supermercados da cidade.
Conforme apurado pela PC, o casal de empresários Cristiano Gonçalves Correa e Karline Rodrigues da Silva comandava um grande esquema de venda e comercialização de queijos e outros alimentos vencidos e de origem clandestina.
De acordo com o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, após adquirir os alimentos, o casal os “esquentava” com rótulos irregulares e com data de validade adulterada, sendo posteriormente postos à venda em supermercados de Araguaína.
“Os produtos eram comercializados para restaurantes e lanchonetes da cidade, causando um imensurável prejuízo a saúde pública. Noutro ponto, os alimentos irregulares eram armazenados em depósitos clandestino localizado no Setor Brasil em Araguaína, fato este confirmado por várias testemunhas”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, os rótulos utilizados para "esquentar" os alimentos irregulares eram confeccionados numa gráfica da mesma cidade, cujo proprietário também está envolvido de forma direta no esquema criminoso.
Operação Caseus
Deflagrada em dezembro de 2018 em Araguaína, a Operação Caseus identificou cerca de 240 quilos de alimentos diversos em condições inadequadas para consumo. Naquela ocasião, o casal foi presos em flagrante, sendo denunciados pelo Ministério Público em fevereiro deste ano. Confirme as investigações, o fiscal do Serviço de Inspeção Municipal – SIM, Cláudio Adriano Rodrigues Mendonça fora conivente com tais práticas.
O delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, Titular da 27ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu o inquérito policial, sendo todos os envolvidos indiciados pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios contra as relações de consumo e organização criminosa. O caso agora fora encaminhado para o Poder Judiciário que tomará as medidas cabíveis.
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